Gerson pede mudança nos horários das partidas do Campeonato Carioca devido ao forte calor

O Campeonato Carioca tem sido alvo de críticas por parte de jogadores e comissões técnicas em relação à qualidade dos gramados, à bola oficial da competição e às altas temperaturas nos horários das partidas.

Para padronizar as condições dos campos, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) firmou uma parceria com a Greenleaf, responsável pela manutenção do gramado do Maracanã. A empresa será responsável por diagnosticar e fiscalizar as condições dos estádios que recebem os jogos do Estadual, exigindo adequações conforme as diretrizes estabelecidas pela federação.

A bola Penalty, utilizada na competição, também foi um dos pontos discutidos na reunião da última semana. O técnico do Flamengo, Filipe Luís, e outros jogadores, como Rossi, Thiago Silva e Guga, além de Neymar, no Campeonato Paulista, manifestaram insatisfação com o modelo adotado. A Ferj se posicionou afirmando que a mesma bola é utilizada em outros torneios estaduais e que já foram disputadas mais de 300 partidas com o equipamento. A entidade também informou que pretende contratar uma empresa especializada para avaliar tecnicamente os critérios de homologação do material.

Outra questão levantada pelos atletas é a realização de partidas sob forte calor. O capitão do Flamengo, Gerson, enviou uma carta ao presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj), Alfredo Sampaio, solicitando a revisão dos horários dos duelos para evitar que os jogadores atuem sob temperaturas extremas.

Carta de Gerson na íntegra

“Escrevo não apenas como jogador, mas como capitão do Flamengo e, sobretudo, como um atleta preocupado com a integridade física de todos os jogadores que atuam no futebol carioca. No verão do Rio de Janeiro, as temperaturas frequentemente ultrapassam os 35°C, com sensação térmica ainda maior. Nessas condições, disputar partidas do Campeonato Carioca às 16h30 representa um risco significativo para nós jogadores.

Nosso pleito é simples e urgente: a revisão dos horários das partidas para evitar que sejamos expostos a essas condições extremas. Nossa profissão exige sacrifícios, mas colocar nossa saúde em risco desnecessariamente não pode ser uma exigência do jogo. Por isso, acreditamos que o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, sob sua liderança, pode e deve se envolver nessa questão. Tenho certeza que este não se trata de um pedido apenas do Flamengo, mas de todos os jogadores que atuam no Campeonato Carioca. Contamos com seu apoio para abrir esse diálogo e buscar uma mudança que beneficie todos os profissionais do futebol.”

No último fim de semana, o clássico entre Flamengo e Vasco, que estava previsto para as 16h30 no Maracanã, foi remarcado para as 21h30 após solicitação do Rubro-Negro. No entanto, no dia seguinte, o Fluminense enfrentou o Nova Iguaçu no mesmo horário e estádio, e o técnico Mano Menezes criticou a situação, destacando as dificuldades impostas pelo calor intenso.

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