Francisco, o Papa que veio do fim do mundo para mostrar que a Igreja pode ser diferente

Veio da Argentina, o "fim do mundo" de onde nunca tinha vindo nenhum Papa, e foi visto como "uma espécie de trovão" que podia despertar uma "Igreja nova". Em 2015, dois anos após ter sido eleito, Francisco sentia que o seu pontificado poderia ser breve, de quatro ou cinco anos. Mas não foi. Ao longo de 12 anos, Bergoglio soube continuar a ser ele mesmo — sem luxos, com um modo de vida que nunca se tinha visto no Vaticano — e, ao mesmo tempo, trouxe inovação e impertinência a uma Igreja que precisava de uma lufada de ar fresco. Trabalhou pelo ambiente, combateu os abusos sexuais, mas manteve-se irredutível em temas como o aborto ou o casamento homossexual. Pelo meio, proporcionou sorrisos a muita gente, com episódios caricatos que tão bem caracterizavam o seu modo simples de viver. Esta foi a vida de um Papa que falou tanto por palavras como por gestos, que condenou os efeitos da crise económica e surpreendeu pelas atitudes simples, mas que também foi contestado pelas propostas para abrir a Igreja Católica.

Abr 21, 2025 - 10:29
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Francisco, o Papa que veio do fim do mundo para mostrar que a Igreja pode ser diferente
Veio da Argentina, o "fim do mundo" de onde nunca tinha vindo nenhum Papa, e foi visto como "uma espécie de trovão" que podia despertar uma "Igreja nova". Em 2015, dois anos após ter sido eleito, Francisco sentia que o seu pontificado poderia ser breve, de quatro ou cinco anos. Mas não foi. Ao longo de 12 anos, Bergoglio soube continuar a ser ele mesmo — sem luxos, com um modo de vida que nunca se tinha visto no Vaticano — e, ao mesmo tempo, trouxe inovação e impertinência a uma Igreja que precisava de uma lufada de ar fresco. Trabalhou pelo ambiente, combateu os abusos sexuais, mas manteve-se irredutível em temas como o aborto ou o casamento homossexual. Pelo meio, proporcionou sorrisos a muita gente, com episódios caricatos que tão bem caracterizavam o seu modo simples de viver. Esta foi a vida de um Papa que falou tanto por palavras como por gestos, que condenou os efeitos da crise económica e surpreendeu pelas atitudes simples, mas que também foi contestado pelas propostas para abrir a Igreja Católica.