Fórmula E, Tóquio: Equipa Nissan moraliza casa-mãe

Diretor e “ponta de lança” da equipa, respetivamente, o italiano Tommaso Volpe e o britânico Oliver Rowland, antecipam os dois ePrix do fim de semana do Mundial de monolugares elétricos no Japão. Por José Caetano, em Tóquio A Nissan soma e segue na Fórmula E, com três vitórias nos primeiros sete ePrix da Época 11, […] The post Fórmula E, Tóquio: Equipa Nissan moraliza casa-mãe first appeared on AutoSport.

Mai 16, 2025 - 15:26
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Fórmula E, Tóquio: Equipa Nissan moraliza casa-mãe

Diretor e “ponta de lança” da equipa, respetivamente, o italiano Tommaso Volpe e o britânico Oliver Rowland, antecipam os dois ePrix do fim de semana do Mundial de monolugares elétricos no Japão.

Por José Caetano, em Tóquio

A Nissan soma e segue na Fórmula E, com três vitórias nos primeiros sete ePrix da Época 11, mas vive momento muito conturbado fora dos circuitos do campeonato de monolugares elétricos, com os prejuízos acumulados em 2024 a somarem-se à rutura das negociações com a Honda para a fusão dos dois fabricantes, razões por detrás de mudança no comando da companhia – Ivan Espinosa sucedeu a Makoto Uchida com a missão de implementar programa de reestruturação de emergência orientado para a rentabilidade em vez do volume de produção, o desenvolvimento de geração nova de automóveis e, até 2027, o desmantelamento de sete fábricas e a eliminação de 20.000 postos de trabalho, globalmente.

Tommaso Volpe, o italiano à frente da equipa da Nissan na Fórmula E desde 2020 – em abril de 2022, comandou o processo de compra da e.dams e a marca passou a competir no Mundial de forma autónoma e independente a partir da temporada de 2022-23 (Época 9) –, foi confrontada com todos estes factos durante a conferência de Imprensa que antecedeu as rondas 8 e 9 do Mundial de 2024-25, em Tóquio, no Japão, este fim de semana.

“A indústria automóvel passa por período complexo e a Nissan não é, obviamente, a exceção à regra. Contamos com a visita do nosso diretor novo no fim de semana e ambicionamos sucesso, de forma a trazermos momento de alegria que aumente a moral de todos na companhia”, disse Tommaso Volpe, italiano que também tem passagens por Ferrari e Lotus no currículo na competição automóvel.

A Nissan, para as duas corridas domésticas na Fórmula E, desenvolveu decoração nova para os e-4ORCE 05 do inglês Oliver Rowland e do francês Norman Nato. Fê-lo, precisamente, para comemorar a passagem pelo Japão, a pátria da marca e de equipa em momento ótimo de forma. “Ainda podemos fazer mais e melhor e existe sempre margem para progressos, como comprova o facto de não comandarmos o campeonato de equipas. Estamos felizes por competirmos no nosso país e temos a ambição de ganhar, depois de termos conseguido a segunda posição em 2024. E encontramo-nos muito focados nos objetivos para esta Época 11: ganhar corridas e vencer títulos”, disse Volpe.

A situação da Nissan, assegura-o Volpe, não perturba o ambiente e o desempenho da equipa na Fórmula E, mas o italiano admite que o sucesso no fim da época que está a meio não pode depender apenas das vitórias de Rowland. Nato tem apenas tem 11 pontos no Mundial e terminou só uma corrida posicionado no “top-10” (Miami). “Para ganharmos títulos, é muito importante que ambos contribuam. Se o Norman tivesse metade da pontuação do Oliver, neste momento, também comandávamos entre as equipas e com uma vantagem considerável para a segunda classificada… Aconteceram erros da equipa, aconteceram erros do piloto, e estamos a trabalhar para encontrarmos esse equilíbrio nos resultados”, concluiu.

“Encontramo-nos só a meio do caminho”, alerta Rowland

Oliver Rowland é o “ponta de lança” da Nissan. O britânico de 32 anos, cumpridas as primeiras sete corridas de campeonato que tem 16, lidera entre os pilotos, com 115 pontos, mais 48 do que o segundo classificado na tabela, o português António Félix da Costa, da Porsche. Esta época, o inglês não pontua apenas em São Paulo, no arranque da temporada e conta com três vitórias e dois segundos lugares. Este fim de semana, o objetivo é ganhar em Tóquio, melhorando a segunda posição que conseguiu em 2024 na corrida doméstica da equipa.

“A primeira metade do campeonato foi muita boa, mas encontramo-nos só a meio do caminho. Não podemos relaxar, temos de manter-nos concentrados”, alertou o britânico, que antecipou fim de semana complicado e excitante em Tóquio. “Adoro este circuito. As mudanças introduzidas de 2024 para 2025 parecem-me positivas. A pista tem zonas muito estreitas e técnicas, e premeia a bravura. Espera-se chuva no sábado, o que tornará tudo mais complicado, mas a ambição é fazer melhor do que ano passado, quando perdi a vitória para o Maximilian Günther na última volta da corrida”, concluiu Rowland.

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