Fomos ver ‘ao vivo’ as novidades do percurso do Rali de Portugal
Há muito o ACP divulgou o novo percurso do Vodafone Rally de Portugal, que este ano regressa aos municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga. É essa a principal novidade desta edição da prova do ACP. E nós fomos espreitar o que há de novo. Na verdade, no caso de Sever-Albergaria, trata-se de recordar, […] The post Fomos ver ‘ao vivo’ as novidades do percurso do Rali de Portugal first appeared on AutoSport.

Há muito o ACP divulgou o novo percurso do Vodafone Rally de Portugal, que este ano regressa aos municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga. É essa a principal novidade desta edição da prova do ACP. E nós fomos espreitar o que há de novo. Na verdade, no caso de Sever-Albergaria, trata-se de recordar, porque curiosamente já lá andámos em reconhecimentos… há 30 anos.
A competição terá início oficial em Coimbra, no dia 15 de maio, seguindo-se a superespecial urbana na Figueira da Foz. No dia seguinte, 16 de maio, os pilotos enfrentarão os desafiantes troços de Lousã, Góis e Arganil, no distrito de Coimbra, e Mortágua, no distrito de Viseu, com dupla passagem em cada um deles.
Ainda nesse dia, serão estreados os troços Águeda/Sever do Vouga e Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro.
A competição prosseguirá a 17 de maio em direção ao Norte, com passagem por Vieira do Minho e duplas classificativas em Cabeceiras de Basto e Amarante, terminando o dia no circuito de Lousada.
O Rally de Portugal 2025 encerra a 18 de maio com as classificativas de Paredes, Felgueiras e Fafe.
O que muda no percurso face a 2024 não é muito, exceto as novidades que já falámos. Entram e regressam duas novas classificativas: a PEC10, Águeda / Sever com 15.08 km é nova, já se realizou em ralis em Portugal, mas não nesta prova, termina no traçado da pista do Alto do Rocário, em Sever do Vouga, e a PEC11, Sever / Albergaria, com 20.24 km já se realizou nos anos 90 no Rali de Portugal, em ambos os sentidos, mas a versão deste ano tem mais alguns quilómetros novos na parte final.
Muito honestamente, o novo troço de Águeda/Sever é pobre. Quando lá passámos ainda não andavam lá as máquinas, o que já sucede agora, mas o troço não tem nada a ver, por exemplo, com o que se realiza logo a seguir, Sever/Albergaria. Não nos parece um troço que acrescente muito à prova, desenrola-se numa zona que foi muito fustigada pelos incêndios do ano passado tal como Sever/Albergaria, os dois troços estão no coração das zonas florestais ardidas.
Águeda/Sever é um troço pouco interessante, decorre numa florestal antiga, super estreita, começa junto à antiga IP5, segue para a florestal, numa encosta, depois um vale, sem nada de muito especial, muitas esquerdas, direitas, tudo muito fechado, com muitas árvores mesmo no limite da estrada, muitos eucaliptos queimados, muitos tocos de árvores, é quase tudo muito estreito, bem diferente dos troços anteriores (Mortágua) e seguinte (Sever/Albergaria). Segundo a nossa apreciação, não tem a mais-valia que tem o troço logo a seguir. Continua muito estreito, tem ali duas zonas muito técnicas, dois ganchos, ou cotovelos, que tem que ser feitos com travão de mão, claramente. Com o jipe, deu para virar à primeira, mas com algum cuidado. Zonas mesmo muito estreitas. Depois passa junto a uma aldeia, nos arrabaldes da aldeia e acaba na pista do Alto do Roçário, em Sever do Vouga. Fazem um bocadinho da pista e termina aí, onde deve ter muito público. Devemos referir, que, depois de ser arranjado, o troço pode mudar muito as suas características, mas isso depende do que for feito entretanto.
Já Sever/Albergaria é outra coisa totalmente diferente. Já conhecíamos dos reconhecimentos de 1995, é um troço que, infelizmente, também está no coração de toda a área ardida, mas é uma especial que se assemelha muito ao estilo geográfico da zona centro. Curvas de nível, a estrada seguir sempre pelas curvas de nível, estrada muito mais larga, aberta, mas está infelizmente tudo muito desflorestado, como seria ainda de esperar. O troço roça o fantástico. Os pilotos vão adorar.
A Casa do Guarda continua a ser um sítio de excelência, tem uma visibilidade estupenda, uma bancada natural, dá para ver um bom bocado do troço, provavelmente vai ter ali um Zona Espetáculo.
Quando passámos, quase se podia fazer lá o Camel Trophy, agora já deve estar a ser preparado para a prova.
É um troço muito interessante, e há ali zona que é quase certo terem de levar rails, tal como acontece na zona de Arganil e Góis. em Arganil,
O primeiro dia ‘completo’ do Rali de Portugal vai ser mais comprido do que o habitua, um dia super intenso, que obviamente pode já trazer já grandes diferenças, porque se a ronda de Arganil, Góis, Lousã e Mortágua já era muito difícil imagine-se agora com mais 35 Km de troços, o segundo Sever/Albergaria, praticamente à hora do Pôr do Sol.
De resto, o troço de Vieira do Minho tem mais cerca de 200 metros, Amarante é uma versão mais curta dos traçados que já se realizaram na prova, Góis mantém a versão de 2024, cinco quilómetros mais curta do que os troços de Góis que se realizaram entre 2019 e 2023, e Arganil volta a ser novamente mais curta, com 14,44 Km, a mesma versão de 2019, que teve um acrescento de 4 Km de 2021 a 2024. De resto, tudo igual.
Quanto a Vieira do Minho, não perde muito. Perde a parte inicial, que eram os quatro quilómetros iniciais, mas mantém a estrutura, mantendo-se as zonas mais importantes da especial, salvo um conhecido salto.
Amarante parece-nos ter perdido boa parte das suas melhores características. Ainda que continue a ser o troço mais extenso do rali, perdeu muito do que era bom. Não começa no mesmo sítio, não se faz a primeira parte, que inclusive ia ao concelho de Mondim de Basto. Começa na estrada de asfalto que fica por cima do Fridão, fazem um gancho à direita e vão dar ao conhecido gancho do Fridão. Passado alguns quilómetros, mantém-se toda a sua habitual estrutura, toda exatamente igual. Já mais perto do final, desce para uma quinta, para um vale e depois roda numa estrada da terra paralela ao asfalto, terminando por aí. Portanto, não faz a subida final, para ir novamente à cumieira, e onde se fazia aquela descida muito técnica com ganchos e com um salto lá pelo meio. O ACP teve de encurtar quilómetros, mas perde muito do seu encanto. Tecnicamente para os pilotos é diferente, é um Amarante mais curto. E por isso menos ‘seletivo’.
FOTO Município de Sever do Vouga
Itinerário/horários
1ª etapa, quinta-feira 15 de maio
Shakedown (Baltar) 5.72 km 08:01
Início – Coimbra 17:00
PEC1 SSS Figueira da Foz 2.94 km 19:05
Zona de montagem de pneus – Figueira da Foz 19:18
1ª etapa – sexta-feira 16 de maio
PEC2 Mortágua 1 14.59 km 07:35
PEC3 Lousã 1 12.28 km 09:05
PEC4 Góis 1 14.30 km 09:53
PEC5 Arganil 1 14.44 km 10:41
Reagrupamento – Arganil – 15 mins 11:16
Assistência remota 1 – Arganil – 20 mins 11:31
PEC6 Lousã 2 12.28 km 13:05
PEC7 Góis 2 14.30 km 13:53
PEC8 Arganil 2 14.44 km 14:41
Reagrupamento – Arganil – 15 mins 15:16
Assistência remota 2 – Arganil – 20 mins 15:31
PEC9 Mortágua 2 14.59 km 17:05
PEC10 Águeda / Sever 15.08 km 18:35
PEC11 Sever / Albergaria 20.24 km 19:20
Assistência flexível A – Exponor – 49 mins 21:15
2ª etapa, sábado 17 de maio
PEC12 Vieira do Minho 1 17.69 km 07:35
PEC13 Cabeceiras de Basto 1 19.91 km 08:35
PEC14 Amarante 1 22.10 km 10:25
Reagrupamento – Exponor – 30 mins 12:16
Serviço B – Exponor – 44 mins 12:46
PEC15 Vieira do Minho 2 17.69 km 15:05
PEC16 Cabeceiras de Basto 2 19.91 km 16:05
PEC17 Amarante 2 22.10 km 17:55
PEC18 SSS Lousada 3.36 km 19:05
Assistência flexível C – Exponor – 49 mi ns 20:15
3ª etapa, domingo 18 de maio
PEC19 Paredes 1 16.09 km 06:43
PEC20 Felgueiras 1 8.81 km 07:48
PEC21 Fafe 1 11.18 km 08:35
PEC22 Paredes 2 16.09 km 09:58
PEC23 Felgueiras 2 8.81 km 11:03
Reagrupamento – Fafe – 80 mins 11:30
PEC24 Fafe 2[Power Stage] 11.18 km
13:15 Final – Matosinhos 15:00
Pódio – Matosinhos 16:00The post Fomos ver ‘ao vivo’ as novidades do percurso do Rali de Portugal first appeared on AutoSport.