Faltam 52 dias para o Rali de Portugal: quando os portugueses queriam mais no WRC…
Rali de Portugal 1999, Rui Madeira: “melhor português saberá a pouco!” Já lá vai o tempo que o Rali de Portugal tinha um enorme significado para os pilotos portugueses, e ‘vencer’ a prova entre os concorrentes nacionais, ou mesmo fazer um bom resultado entre eles, tinha um valor que hoje em dia não existe. Esse […] The post Faltam 52 dias para o Rali de Portugal: quando os portugueses queriam mais no WRC… first appeared on AutoSport.

Rali de Portugal 1999, Rui Madeira: “melhor português saberá a pouco!” Já lá vai o tempo que o Rali de Portugal tinha um enorme significado para os pilotos portugueses, e ‘vencer’ a prova entre os concorrentes nacionais, ou mesmo fazer um bom resultado entre eles, tinha um valor que hoje em dia não existe. Esse sentimento ‘perdeu-se’ algures pelo caminho, quando o heroísmo de passar todas aquelas dificuldades inerentes à prova portuguesa do WRC se transformaram num martírio e num rol de queixas para a grande maioria. Contam-se, hoje em dia, pelos dedos, os concorrentes que ainda ‘sentem’ o Rali de Portugal como no passado.
Mas há 26 anos, ainda não era assim e Portugal ainda tinha equipas que eram capazes de lutar pelo top 10 da prova com os melhores pilotos de ralis do Mundo. Podemos recordar 1997 e o que Rui Madeira fez até ao capotanço que sofreu na Cabreira, ou mesmo em 1996, quando na antevisão da prova nos dizia que “melhor português saberá a pouco”. Era o que os melhores portugueses podiam aspirar naqueles tempos. Para quando um dia, teremos uma equipa portuguesa nestas andanças?
Recordemos o que nos disse Rui Madeira antes da prova de 1999 e o que se perspetivava poder passar-se. Nessa altura, Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva estiveram prestes a concretizar o sonho de disputar o Rali de Portugal integrados na equipa Mitsubishi oficial, com todos os privilégios daí advindos e a possibilidade de “carimbar passaporte para a notoriedade mundial na disciplina de ralis. Infelizmente, a escolha recaiu sobre outro piloto e, a alternativa, já estava agendada, a de correr ao volante de um Subaru Impreza WRX.
Para Madeira, a desilusão não foi profunda “Na realidade, nunca estivemos muito perto de correr pela Mitsubishi. Houve contactos indiretos com a equipa, com a GALP com as pessoas envolvidas, mas nunca de forma reta e definitiva. Aliás, continuei a tratar de tudo, tal como já estava a fazer, para guiar o Subaru”.
Não sendo, obviamente, tão competitivo como o Lancer oficial, o Impreza da Procar que Madeira pilotou ao longo do rali não pareceu um carro totalmente obsoleto: “O WRX era uma evolução, ainda que pequena, do modelo que utilizei dois anos antes. Era preparado na Procar, mas ia muitas vezes fazer as revisões à Prodrive, o que era uma garantia. Não chegava, claro está, para os carros de fábrica, mas para o panorama nacional era extremamente competitivo.”
Falhada também a possibilidade de alinhar com um dos dois Impreza WRC que a equipa adquiriu à Prodrive, que só estavam prontos no final do mês do Rali de Portugal, o piloto estava confiante: “O carro é muito robusto e fiável, para lá de ser muito fácil de conduzir”. Comparativamente com o Toyota Corolla que utilizou na época de 1998, o pilota de Almada colocava a carro de 1999 no mesmo patamar competitivo: “Talvez seja mesmo superior, assim, iremos tentar algo mais do que a classificação de melhor português, até porque não vamos estar preocupados só em terminar o rali, mas sim em evidenciar um ritmo forte.
É precisamente este o ponto-chave desta participação de Rui Madeira, O piloto está parado desde o Rali de Sanremo do ano passado e não esconde que as dificuldades para encontrar a toada certa seria uma desvantagem que pode custar caro: “‘Desde outubro que estamos parados e por isso, vai custar um bocadinho, Nos primeiros troços vamos
tentar readaptar-nos ao ritmo do rali e aproveitar o facto das classificativas serem extensas.”The post Faltam 52 dias para o Rali de Portugal: quando os portugueses queriam mais no WRC… first appeared on AutoSport.