Está a pensar reservar hotel ou casa de férias? Cuidado com os anúncios falsos, alerta Deco Proteste

Se já está a sonhar com as férias e está a ponderar reservar hotel ou casa de férias, deve ser extra cauteloso. Em 2023, foram reservadas cerca de 39,5 milhões de noites de alojamento online em Portugal, de acordo com dados do Eurostat, com o uso de plataformas digitais como Booking e Airbnb a crescer 44% nos últimos cinco anos, mas nem sempre estes meios digitais para planear férias são 100% seguros.

Este crescimento de recurso a plataformas digitais vem acompanhado por uma escalada de queixas de burlas e anúncios fraudulentos. A DECO PROteste e a PSP alertam para a proliferação de esquemas de falso arrendamento.

De acordo com dados fornecidos à organização de defesa do consumidor, a PSP registou, entre 2022 e 2024, um total de 4.267 crimes relacionados com burlas de imóveis. Só em 2024, houve 1.511 queixas — uma ligeira redução face ao ano anterior. No entanto, o primeiro trimestre de 2025 já mostra um aumento preocupante de 25% em relação ao mesmo período de 2024.

A DECO PROteste afirma que os casos relatados pelos consumidores ao seu serviço de apoio são cada vez mais frequentes, muitos com desfechos difíceis por falta de uma legislação que responsabilize efetivamente as plataformas digitais. “Ao reservar casa ou quarto de hotel por esta via, os consumidores podem estar por sua conta e risco”, denuncia a organização.

A PSP reforça o apelo à denúncia imediata de qualquer situação suspeita, para facilitar a investigação e identificação dos autores. Já a DECO PROteste deixa conselhos práticos: desconfiar de sinais típicos de fraude — como preços demasiado baixos ou pressão para pagar rapidamente —, nunca transferir dinheiro fora das plataformas oficiais e guardar todos os registos das comunicações.

A organização aconselha a consultar “o dossiê completo sobre burlas com casas de férias” antes de reservar qualquer alojamento de forma a “reconhecer os sinais de alarme e saber como denunciar fraudes, se for vítima de burla”.