Especialistas revelam locais exatos onde asteroide ‘destruidor de cidades’ pode atingir a Terra daqui a 7 anos

Um asteroide com potencial para causar destruição significativa na Terra está chamando a atenção de cientistas e entusiastas do espaço. Batizado de 2024 YR4, esse objeto celeste, com dimensões comparáveis à Estátua da Liberdade, pode colidir com nosso planeta em 2032. Apesar de as chances de impacto serem estimadas em 1 em 43, o risco é real o suficiente para mobilizar pesquisas e debates sobre como lidar com a ameaça.

Descoberto em dezembro de 2024, o asteroide entrou no radar de agências espaciais e especialistas em defesa planetária. O cientista e vulcanólogo Dr. Robin George Andrews alertou que tentar desviá-lo de sua trajetória pode ser tão perigoso quanto o próprio impacto. Em publicações na rede social X, ele mencionou os desafios de replicar estratégias como a missão DART (Double Asteroid Redirection Test), que, em 2022, alterou com sucesso a órbita de um asteroide menor ao colidir uma nave contra ele. Porém, Andrews explica que o sucesso do DART não garante que métodos semelhantes funcionem em todos os casos.

A trajetória do 2024 YR4 pode devastar uma grande parte do nosso planeta.

O problema está na composição e no tamanho do 2024 YR4. Se for muito grande, uma única nave pode não ser suficiente para desviá-lo, exigindo múltiplos impactos precisos. Além disso, fragmentar o asteroide com uma colisão mal calculada transformaria uma única ameaça em várias, como “transformar uma bala de canhão em uma carga de espingarda”, nas palavras de Andrews. Se a deflexão não for precisa, o objeto ainda pode atingir a Terra, mas em uma região diferente da prevista.

Outra opção discutida é o uso de ogivas nucleares para desviar o asteroide, método controverso, porém potencialmente mais eficaz. Enquanto isso, cientistas como David Rankin, engenheiro do Projeto Catalina Sky Survey da NASA, já mapearam um “corredor de risco” que inclui partes da América do Sul (como Venezuela, Colômbia e Equador), o Oceano Pacífico, sul da Ásia (Índia, Paquistão, Bangladesh), além de países africanos como Etiópia, Sudão e Nigéria.

Caso o asteroide atinja a atmosfera terrestre, a explosão resultante equivaleria a 8 milhões de toneladas de TNT, liberando energia suficiente para afetar uma área de 50 quilômetros ao redor do local do impacto. Para entender melhor as dimensões e a composição do 2024 YR4, a NASA mobilizou uma equipe internacional de astrônomos para observá-lo com o Telescópio Espacial James Webb. Esses dados são essenciais para calcular o nível de destruição possível e planejar respostas de emergência.

Enquanto estratégias de defesa são debatidas, Andrews reforça que, neste caso, a evacuação das áreas sob risco pode ser a opção mais segura. A próxima aproximação significativa do asteroide ocorrerá em 2028, oferecendo uma janela crítica para coletar informações e testar tecnologias. Até lá, o 2024 YR4 continuará a ser monitorado, lembrando-nos de que o espaço sideral ainda guarda desafios imprevisíveis para a humanidade.

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