Ele treinou em conta simulada por 6 anos; ao iniciar operação real, ganhou R$ 400 mil

Day trader Bruno Marques opera hoje com cerca 50 ativos e diz que não tem “milagre” para ganhar dinheiro no trade The post Ele treinou em conta simulada por 6 anos; ao iniciar operação real, ganhou R$ 400 mil appeared first on InfoMoney.

Abr 19, 2025 - 13:11
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Ele treinou em conta simulada por 6 anos; ao iniciar operação real, ganhou R$ 400 mil

Bruno Marques tinha acabado de entrar na Universidade de Brasília (UnB) para cursar administração, quando formou um grupo de 10 amigos para desenvolver estudos sobre operação no mercado financeiro. A proposta era ficar milionário.

“Lá atrás não tinha facilidade de plataforma como tem hoje. O mercado que a gente tinha acesso mais fácil para fazer day trade era o de Forex”, lembra ele. Obcecados em aprender, ficaram seis anos estudando e operando em conta demo ou simulada, ou seja, sem ser real, em um escritório alugado na capital federal, com três camas providenciais.

É que eles operavam 24 horas por dia, em turnos de 4 a 6 horas, com 3 pessoas em cada turno, de segunda a sexta-feira. Na sexta, no final do dia, eles se reuniam até domingo para ver se não precisava mudar de estratégia para operar na semana seguinte.

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Disciplina

“Era um bando de moleque que queria ficar multimilionário aos 20 anos de idade. Foi bom porque a gente desenvolveu uma disciplina absurda. Mas como a gente tinha consciência que não estávamos prontos e o mercado demandava não só a parte técnica, mas a psicológica, a gente acabou sem ter resultado significativos em 6 anos”, afirma ele. Além de toda essa rotina, elas tinham ainda os estudos da faculdade.

Depois de seis anos, mostrou os resultados da experiência de seis anos para o pai e disse: “Nós estamos prontos para investir. Ele me deu R$ 5 mil e em seis meses transformei em R$ 400 mil”.

No entanto, naquele início da década de 2010 e depois da grande conquista financeira, Bruno foi acometido por uma inflamação da hipófise fruto da privação de sono – ou seja, quantidade de sono menor do que o recomendado – no período em que ele e os amigos ficavam noite e dia, por anos a fio, simulando operação no mercado financeiro.

“Voltei a operar numa rotina mais leve”, recorda ele. Como estava com dinheiro em caixa, também passou a empreender em franquias. Para isso, saiu de Formosa, cidade goiana onde se criou e seus pais moravam, e foi para Goiânia. Mas na capital de Goiás notou que estava novamente acumulando atividade demais, como na vez anterior, que lhe causou um problema de saúde.

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Mentoria

Saiu então para viajar por vários países por dois anos, operando no mercado financeiro ao mesmo tempo. Só em 2016 é que passou a fazer operações de ativos do mercado brasileiro.

Depois de pedidos insistentes de amigos para ensinar a operar no mercado, em 2018 montou um curso. Mas à frente acabou se integrando a uma equipe de treinamento para atuar com renda variável, mas deixou ano passado. Já tinham passado pelas suas mãos quase 30 mil alunos.

Em outubro de 2024 entrou com influencer da XP. Morando há sete anos em Vitória, no Espírito Santo, por opção, no mercado brasileiro ele opera mini-índice e futuro de Bitcoin (BITFUT). Nos Estados Unidos, gosta de ter ações de longo prazo.

“Lá atrás a gente usava análise técnica tradicional”, recorda. Mas quando conheceu o método Wyckoff resolveu incorporar à sua estratégia. “Eu usei ele como base para operar onde o mercado tem uma busca constante por liquidez. Em 2018, fui um dos primeiros a falar sobre o Wyckoff”, afirma.

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Sem pressa

Ele vê muita impaciência das pessoas ao atuarem no mercado financeiro. “Não existe milagre. A maioria das pessoas fica no caminho porque tem pressa. A galera começa e quer ganhar igual um cara com 20 anos de mercado”, compara.

“O cara que ganha dinheiro não opera ativo, mas oportunidade. Aquele ativo que tiver uma oportunidade clara, vou lá. Há muito ativos por aí”, afirma. Ele mesmo trabalha com cerca de 50 ativos e sempre busca a melhor oportunidade para fazer seu trade.

“Outro problema é que quando o cara está na frente do computador, ele acha que tem obrigação de operar. Mas o que ele tem que ver é se tem oportunidade. Tem que ser um trade de oportunidade”, explica.

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Mesmo fazendo análise gráfica, ele considera importante o trader olhar o que está acontecendo no mundo para entender o direcional do mercado. “Tem que ver o sentimento do mercado, acompanhar o calendário econômico. Não dá para operar no mercado sem saber o que acontece no mundo”, destaca.

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