Dona da Louis Vuitton ou Dior anuncia demissão de cerca de 1.200 funcionários na Moët Hennesy

A LVMH, gigante do luxo liderada por Bernard Arnault, vai cortar cerca de 10% da força de trabalho na divisão de vinhos e destilados, Moët Hennessy, numa resposta à queda de desempenho registada no primeiro trimestre de 2025. O anúncio, feito internamente através de uma comunicação do CEO da unidade, Jean-Jacques Guiony, prevê o despedimento de aproximadamente 1.200 colaboradores, embora ainda sem calendário definido, segundo avançou o Financial Times.

A decisão surge após a divisão ter sido a mais penalizada no início do ano, com uma quebra de 8% nas vendas – pior resultado entre todas as áreas de negócio do grupo. Alexandre Arnault, filho do presidente do grupo e co-CEO da Moët Hennessy desde fevereiro, enfrenta o desafio de recuperar a unidade, que também está sob pressão devido às mudanças nos hábitos de consumo das gerações mais jovens e à ameaça de novas tarifas nos EUA.

No total, o grupo LVMH registou uma queda de 2% na receita no primeiro trimestre, totalizando 20,311 mil milhões de euros.

Apesar do impacto sentido na Moët Hennessy, outras divisões mostraram maior resiliência: a moda e artigos de couro recuaram apenas 4%, perfumes e cosméticos estagnaram, e relógios e joias cresceram 1%.