Dólar hoje vira para alta com expectativas por reuniões de BCs e tarifas

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Mai 5, 2025 - 18:22
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Dólar hoje vira para alta com expectativas por reuniões de BCs e tarifas

O dólar à vista virou para alta ante o real nesta segunda-feira (5), abrindo uma semana marcada por decisões de bancos centrais ao redor do mundo, incluindo Federal Reserve (Fed), Banco da Inglaterra e o Banco Central do Brasil, enquanto a guerra comercial entre Estados Unidos e China continua no radar.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual a cotação do dólar hoje?

Às 12h22, o dólar à vista operava em alta de 0,09%, aos R$ 5,658 na compra e R$ 5,660 na venda. Na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,09%, aos 5.700 pontos.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,36%, a R$5,6561.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,658
  • Venda: R$ 5,660

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,683
  • Venda: R$ 5,863

O que aconteceu com o dólar hoje?

Como pano de fundo das negociações cambiais estava o otimismo desencadeado na semana passada por sinalização de Pequim de que estaria analisando uma proposta de Washington para iniciar discussões comerciais, o que levantou expectativas pelo fim do impasse tarifários.

Dados fortes de emprego dos EUA na sexta também forneceram alívio aos investidores, mostrando que o mercado de trabalho do país continua estável e afastando algumas preocupações de recessão, que vinham crescendo diante da escalada do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Em uma das mais recentes notícias sobre a política tarifária, o presidente Donald Trump disse no domingo que os EUA estão se reunindo com muitos países, incluindo a China, para tratar de acordos comerciais, e que sua principal prioridade com Pequim é garantir um acordo comercial justo.

Em relação ao Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no domingo que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a política tarifária norte-americana, apontando que os dois países estão negociando os “termos de um entendimento” em relação à questão.

Ao longo da semana, as atenções se voltarão para decisões de bancos centrais. O destaque será o anúncio do Fed na quarta-feira, com a expectativa de que manterá a taxa de juros inalterada. O Banco da Inglaterra, por sua vez, divulgará sua decisão na quinta-feira.

O Comitê de Política Monetária (Copom) publicará sua decisão na quarta, tendo já anunciado anteriormente que deve elevar a taxa Selic, agora em 14,25% ao ano, em uma magnitude menor que os aumentos anteriores recentes de 1 ponto percentual.

Operadores estão projetando 74% de chance de o Copom elevar a Selic em 0,5 ponto, com 26% das apostas apontando para uma alta menor, de 0,25 ponto.

O foco dos investidores estará principalmente na forma como as autoridades desses bancos centrais veem os impactos das incertezas comerciais no crescimento econômico e na inflação.

“A escalada das tensões comerciais globais… introduziu novas incertezas ao panorama internacional. Para o Brasil, contudo, os efeitos esperados são de natureza desinflacionária, embora ainda persistam algumas dúvidas”, disseram analistas do BTG Pactual em relatório.

Na cena doméstica, analistas consultados pelo BC em sua pesquisa Focus alteraram a projeção para o nível da taxa básica de juros ao fim deste ano pela primeira vez em 17 semanas, enquanto mantiveram a expectativa para 2026.

O levantamento mostrou que a mediana das projeções para a Selic ao fim de 2025 agora é de 14,75%, após 16 semanas consecutivas em que a expectativa esteve em 15,00%, enquanto para 2026 a previsão continua sendo de que a taxa atingirá 12,50%.

(Com Reuters)

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