Dois quartos foram integrados para virar um ateliê de pintura neste apartamento
A arquiteta Sophia Galvão acrescentou boiseries nas portas de correr da sala e criou duas estantes de lineares de aço corten.
Este apartamento de 300 m² em Ipanema passou por uma reforma completa nas mãos da arquiteta Sophia Galvão, que adequou o imóvel antigo ao perfil dos novos moradores, um casal com dois cães de grande porte.
A renovação do imóvel atendeu a uma série de pedidos dos novos proprietários, como um ateliê de pintura bastante iluminado, uma mesa de jantar menos formal e uma cozinha aberta para receber seus convidados.
Para isso, dois quartos foram integrados para dar origem ao ateliê, a sala de jantar original foi convertida em uma biblioteca e o lavabo foi transferido para a antessala dos quartos, aumentando a cozinha que, inclusive, está localizada entre os dois prismas internos do prédio, transformados em jardim de inverno.
Do imóvel original, foram mantidas as portas de correr da sala, laqueadas de branco, e a cabeça de leão, no chafariz de um dos prismas. “Criamos boiseries para completar o toque clássico das portas de correr trazidas da França. Já os painéis de carvalho da parede da sala continuam no teto e nas paredes da circulação e do hall social, criando um efeito de ‘caixa’ no projeto”, explica a arquiteta.
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Na área social, roubam a cena as duas estantes ‘flutuantes’ lineares de aço corten, desenhadas pela arquiteta, com função extra de aparador na sala e mesa de trabalho na biblioteca. Outra criação feita sob medida para o projeto é o banco em travertino sob a janela, que ocupa toda a extensão da parede e serve como apoio para os itens de colecionador e ainda como assento para visitas em dia de casa cheia.
Para compor o visual do apartamento, a arquiteta partiu de uma paleta de tons neutros, como bege, telha, açafrão e areia (com exceção da cozinha, com armários em laca verde), aliada a materiais naturais como madeira, mármore, couro e linho. Para os acabamentos, ela revestiu o piso de mármore Travertino Navona, replicado também no banco e paredes das áreas molhadas, inclusive nos jardins de inverno.
No mobiliário, muitas peças são de acervo dos moradores, como a mesa de centro da Mi Casa, a poltrona do designer Flávio de Carvalho, a poltrona verde no home theater, as cadeiras na biblioteca, os baús e banquetas no hall da entrada. O restante do mobiliário é novo.
“Temos o sofá do Estudiobola, as poltronas de Jorge Zalszupin, a mesa de centro em Nero Marquina, o pufe em suede da Ovoo, a mesa Saarinen e as cadeiras Cesca”, lista Sophia. Já entre as obras de arte, estão em evidência o quadro do artista pernambucano André Cunha, posicionado sobre a estante da sala, e a fotografia de Roberto Wagner, acima do sofá.
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