Do 8 para o 19 vai um Di María e o Benfica volta a 'colar-se' ao Sporting
As notas do Gil Vicente-Benfica, que atiraram as águias novamente para o mesmo patamar dos campeões nacionais.

O Benfica 'embalou' para a sétima vitória consecutiva na I Liga, esta sexta-feira, ao bater o Gil Vicente (0-3), num acerto de calendário em que os golos de Fredrik Aursnes e Andrea Belotti antecederam o regresso 'abençoado' de Ángel Di María. Do número 8 para o número 19, o camisola 11 selou a 'colagem' das águias ao Sporting na liderança.
O encontro em atraso, referente à 24.ª jornada, não podia ter começado melhor para a equipa de Bruno Lage. Dominante desde o primeiro minuto, o clube da Luz chegou à vantagem por intermédio de Aursnes, a aproveitar da melhor forma a assistência de Bruma, sensivelmente a meio do primeiro tempo (22').
A abrir a segunda parte, Belotti desempenhou o seu papel de ponta de lança e dilatou a vantagem aos 51 minutos, na sequência de um cabeceamento de Nicolás Otamendi. O tento sentenciador, embora o jogo já estivesse resolvido, apareceu aos 90+7', com o recém-entrado Ángel Di María a converter com sucesso uma grande penalidade que o próprio conquistou.
Dessa forma, o Benfica confirmou a tendência que tem registado em Barcelos, onde já não perde desde 2001, enquanto César Peixoto voltou a cair frente à antiga equipa, que já havia travado ao serviço do Moreirense (1-1).
Contas feitas, o Benfica passa a ter os mesmos 62 pontos que o Sporting na liderança, a oito jornadas do fim, enquanto o Gil Vicente mantém-se no 14.º posto, com 23 pontos, tantos como o Estrela da Amadora e o AVS na luta pela manutenção.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Fredrik Aursnes jogou e fez jogar. Autor da primeira grande ocasião das águias, com apenas dois minutos decorridos, o médio norueguês viria a ser o responsável pelo golo inaugural (22'), dando apenas o mote para aquele que foi um triunfo tranquilo da sua equipa. No capítulo do passe, acertou praticamente todos e ainda dispôs de uma outra oportunidade para mexer com o marcador.
Surpresa
Um mês e meio depois, Ángel Di María regressou aos relvados e, já com o jogo resolvido, ainda foi a tempo de deixar um 'cheirinho' da sua magia em campo, ao 'sacar' uma grande penalidade, que tratou de convertê-la em golo logo a seguir (e com classe). De referir ainda que, o avançado argentino - lançado aos 73 minutos - já havia ameaçado o terceiro antes disso.
Desilusão
Zé Carlos já habitou os adeptos do Gil Vicente a grandes exibições, porém, não foi o caso deste encontro. Condicionado desde o minuto 18 pelo amarelo que recebeu, por falta sobre Andrea Belotti à entrada da área, o capitão dos gilistas perdeu a maior parte dos duelos e esteve longe de contribuir para a fluidez ofensiva da sua equipa, contrariamente a outras partidas em que brilhou no corredor direito.
Treinadores
César Peixoto trocou três peças por comparação ao último jogo, mas desde cedo viu a sua equipa a ter dificuldades para importunar o Benfica, dado que apenas chegou à baliza contrária com perigo por uma vez, dentro da primeira parte. As mexidas no segundo tempo - com destaque para a entrada de Fujimoto - pouco ou nada beneficiaram o Gil Vicente, que já havia sido 'traído' com mais um golo do adversário no regresso dos balneários
Bruno Lage surpreendeu ao lançar Andrea Belotti para o lugar de Vangelis Pavlidis e, à semelhança da primeira parte, a chave esteve em entrar igualmente bem no segundo tempo, com uma vantagem de dois golos a permitir uma gestão mais equilibrada nas substituições. Sem perder de vista um sentenciador terceiro golo, a arma lançada a partir do banco (Ángel Di Maria) ainda foi a tempo de fechar o encontro com chave de ouro.
Árbitro
Miguel Nogueira teve uma noite tranquila e sem casos polémicos. Seguro a apitar as faltas e coerente a puxar do bolso para exibir cartões amarelos, o jovem árbitro da AF Lisboa assinalou ainda uma grande penalidade sobre Di María, nos instantes finais, que parece ter sido uma decisão acertada, apesar das dúvidas.
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