Diz “obrigado” e “por favor” ao ChatGPT? Boa educação dos utilizadores custa dezenas de milhões de dólares à OpenAI

Ser simpático não custa nada. A frase soa a lição de boas maneiras, mas vem com um twist: ser simpático com a inteligência artificial da OpenAI afinal tem um preço.

Abr 22, 2025 - 13:59
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Diz “obrigado” e “por favor” ao ChatGPT? Boa educação dos utilizadores custa dezenas de milhões de dólares à OpenAI

Ser simpático não custa nada. A frase soa a lição de boas maneiras, mas vem com um twist: ser simpático com a inteligência artificial da OpenAI afinal tem um preço.

Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, um simples “por favor” e “obrigado” que os utilizadores escrevem nas suas interações com o ChatGPT estão a custar à empresa “dezenas de milhões de dólares” por ano. A razão? Cada palavra extra significa mais dados para processar e mais energia consumida que custa dinheiro.

Cada interação com o ChatGPT é medida em tokens, uma espécie de contador digital que determina o volume de computação necessário. Quanto mais tokens, maior o consumo de energia.

Foi através de uma pergunta aparentemente inocente nas redes sociais — se as mensagens de cortesia ou educação tinham impacto tangível — que a verdade veio ao de cima. Altman confirmou: sim, têm. E não apenas a nível financeiro.

As implicações ambientais também são difíceis de ignorar. Uma única consulta ao ChatGPT-4 pode consumir até 2.9 watt-hora de eletricidade, bem mais do que uma simples pesquisa no Google. Tudo isto multiplicado por mil milhões de consultas, resulta num impacto significativo.

Ainda assim, e apesar dos custos financeiros, os investigadores em IA sugerem que a cortesia pode, de facto, melhorar a qualidade das respostas, já que os modelos de linguagem respondem a padrões de comportamento humano. Ser educado sinaliza intenção cooperativa — e o ChatGPT responde na mesma moeda, com respostas mais colaborativas. Altman garante que o investimento “vale a pena” porque contribui para uma experiência mais humana.

O preço a pagar? Uma fatura invisível, mas cada vez mais pesada financeira e ambiental.