Direcional (DIRR3) deve passar a fazer parte do Ibovespa em maio; o que muda para a companhia?

A Direcional (DIRR3) será o novo nome da carteira teórica do Ibovespa a partir de maio, segundo a primeira prévia divulgada pela B3 (B3SA3) na terça-feira (1º). Antes da nova carteira passar a valer, no dia 5 de maio, ainda deverão ser publicadas a segunda e terceira prévias, nos dias 15 e 30 de abril. 

As ações da Direcional foram incluídas com peso de 0,166% no índice. 

O analista da Empiricus Research, Caio Araújo, enxerga que a adição do papel pode ser positiva. “Em uma perspectiva de investimento, [a entrada] é favorável pois o índice traz um fluxo de estratégias passivas (ETFs) domésticas e internacionais. De certa forma, o papel entra no radar de mais investidores. No contexto operacional, não vejo mudança”, comenta. 

A estreia da Direcional ainda representará uma fração pequena do principal “termômetro” da bolsa brasileira. Com uma participação de menos de 1%, a analista de ações da Empiricus Research Larissa Quaresma acredita que a construtora ainda deve influenciar pouco o movimento do IBOV. 

Direcional entra na nova lista do Ibovespa; e quem sai?

Seguindo a previsão, a nova carteira teórica do Ibovespa passará a ser formada por 86 ações de 83 empresas (contra 87 ações de 84 empresas até então). 

Conforme já era previsto pelo mercado, as ações da Automob (AMOB3) e Locaweb (LWSA3) deverão ser excluídas do índice.

• A Automob, que chegou em dezembro após a cisão com a Vamos (VAMO3), será removida pois as ações estão operando abaixo de R$ 1,00 na bolsa de valores, uma das regras de permanência no Ibovespa;
• A Locaweb deve sair em razão do baixo volume de negociações na bolsa, abaixo do enquadramento de 85% em ordem decrescente do Índice de Negociabilidade (IN), que mede o volume negociado por um ativo na bolsa. 

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Quais os requisitos necessários para uma empresa listada entrar no Ibovespa?

Entre as mais de 400 empresas brasileiras de capital aberto, apenas algumas estão listadas no Ibovespa. Isso porque o índice possui alguns requisitos, como:

• As ações das companhias listadas precisam ser negociadas em 95% dos pregões no período de vigência das últimas três carteiras (aproximadamente 1 ano); 
• Sua movimentação financeira deve ser equivalente a pelo menos 0,1% do volume financeiro do mercado à vista no mesmo período;
• A ação precisa estar entre os ativos elegíveis que, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 85% do total desses indicadores, considerando o período de vigência das três carteiras anteriores.
• Não pode ser penny stock, ou seja, ser negociada em um valor abaixo de R$ 1,00.

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