Diddy processa NBCUniversal por documentário sobre sua prisão
Rapper pede US$ 100 milhões em indenização por difamação contra a plataforma Peacock


Ação judicial contra NBCUniversal
Sean “Diddy” Combs entrou com um processo de US$ 100 milhões contra a NBCUniversal e a plataforma de streaming Peacock. O rapper alega que o documentário “Diddy: Making of a Bad Boy”, lançado em 14 de janeiro, contém “mentiras ultrajantes” e “teorias conspiratórias”.
No processo, protocolado nesta quarta-feira (12/2) em um tribunal de Nova York, a defesa de Combs afirma que a produção “explora a confiança do público e busca lucrar sem qualquer compromisso com a verdade”. Segundo a acusação, o documentário faz afirmações falsas e difamatórias sobre supostos crimes cometidos pelo rapper.
Documentário e acusações
A produção da Peacock reúne entrevistas com ex-funcionários, colaboradores e vítimas que relatam décadas de abuso e violência envolvendo Combs. O documentário também aborda as mortes de Notorious B.I.G. e Kim Porter, ex-namorada do rapper e mãe de seus filhos.
O processo alega que o documentário retrata Combs como “um monstro e a personificação de Lúcifer”, além de traçar paralelos entre ele e Jeffrey Epstein. A defesa sustenta que as alegações apresentadas são infundadas e foram feitas com “desrespeito consciente à verdade”.
Resposta da defesa
Os advogados de Combs criticaram a abordagem da NBCUniversal. “Os réus optaram por lucrar às custas da verdade e dos padrões básicos do jornalismo”, afirmou a advogada Erica Wolff em nota.
Ela acrescentou que o documentário “acusa Combs de crimes horríveis, incluindo assassinato e abuso sexual de menores, sem qualquer evidência”. O rapper pede indenização por danos morais e difamação, mas não solicitou a retirada do documentário do catálogo da Peacock.
Processos e julgamento
O rapper está preso no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde sua detenção em 16 de setembro. Sem conseguir fiança, ele enfrentará julgamento criminal por crimes como tráfico sexual e associação criminosa a partir de 5 de maio. Se condenado, poderá pegar prisão perpétua.
Além disso, ele enfrenta múltiplos processos civis relacionados a abuso e agressão sexual. Entre as acusações, há denúncias de que ele teria violentado um menino de 10 anos e participado do estupro coletivo de uma jovem de 13 anos no ano 2000.