Desemprego recua ligeiramente até março. Emprego em máximos
Apesar dos desafios, o mercado de trabalho português continua a dar provas de resiliência. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego recuou ligeiramente tanto face ao trimestre anterior, como ao homólogo. Já o emprego atingiu máximos de 2011. […]


Apesar dos desafios, o mercado de trabalho português continua a dar provas de resiliência. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego recuou ligeiramente tanto face ao trimestre anterior, como ao homólogo. Já o emprego atingiu máximos de 2011.
“A taxa de desemprego foi estimada em 6,6%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do trimestre anterior e inferior em 0,2 pontos percentuais ao do primeiro trimestre de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.
No total, entre janeiro e março, havia 365,8 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 2,5 mil do que no fim do ano passado e menos 3,8 mil do que no arranque de 2024.
Ora, desse total de desempregados, 36,9% estavam nessa situação há 12 meses ou mais. Em causa estão situações de desemprego de longa duração. Face ao trimestre anterior, o peso dessas situações no total do desemprego diminuiu (0,6 pontos percentuais). Aumentou, contudo, em comparação com o primeiro trimestre de 2024 (em 3,8 pontos percentuais), mostram os dados e o gráfico acima.
“Esta condição teve maior prevalência entre aqueles dos 55 aos 74 anos (56,0%), assim como entre os que completaram, no máximo, o terceiro ciclo do ensino básico (46,2%)”, detalha ainda o INE.
Por outro lado, a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), que foi estimada em 21,2% nos primeiros três meses de 2025, tendo recuado em relação ao trimestre anterior (0,6 pontos percentuais) e ao homólogo (1,8 pontos percentuais). Apesar da quebra, continua a corresponder a mais do que o triplo da taxa de desemprego para a globalidade do mercado de trabalho.
Teletrabalho cresce no arranque do ano
Quanto ao emprego, o INE indica que a população a trabalhar aumentou 0,6% em cadeia e 2,4% em termos homólogos, para quase 5,2 milhões de pessoas. É o valor mais elevado da série iniciada em 2011.
Entre estes trabalhadores, 20,9% (quase 1,1 milhões de indivíduos) praticaram teletrabalho no primeiro trimestre de 2025, isto é, trabalharam a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação. A fatia de empregados a cumprir este modelo de trabalho inovador aumentou tanto em cadeia (0,4 pontos percentuais), como em termos homólogos (1,7 pontos percentuais).
“Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% (264,2 mil) fizeram-no sempre, 38,2% (430,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% (162,6 mil) trabalharam em casa pontualmente”, revelam os dados do gabinete de estatística.
Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% fizeram-no sempre, 38,2% fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% trabalharam em casa pontualmente
Por outro lado, segundo o destaque publicado esta manhã, até março, a subutilização do trabalho abrangeu 628,4 mil pessoas, o que correspondeu a um acréscimo de 0,5% (2,9 mil) em relação ao trimestre anterior e a um decréscimo de 3,4% (21,9 mil) relativamente ao período homólogo.
“Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,1%, manteve-se inalterada em relação ao trimestre anterior e diminuiu em termos homólogos (0,6 pontos percentuais)”, lê-se na nota divulgada esta manhã.
Destaque ainda para a população inativa, que aumentou 0,4% em relação ao trimestre anterior e relativamente ao homólogo, para 3,8 milhões de pessoas.
(Notícia atualizada às 11h32)