Danilo Gentili contesta acusação de omissão diante de assédio de ex-assistente: “Mentira”
Apresentador contesta versão de Juliana Oliveira de que não agiu após denúncia com áudios que comprovam recusa de ajuda por parte da ex-funcionária


Gentili contesta acusação de omissão
Danilo Gentili se manifestou publicamente nesta quarta-feira (16/4) sobre a denúncia de estupro feita por Juliana Oliveira contra Otávio Mesquita, envolvendo um episódio ocorrido durante gravação do programa “The Noite”, exibido pelo SBT em 2016. Em vídeo publicado no Instagram, o apresentador divulgou áudios e negou a acusação de omissão feita por sua ex-assistente de palco.
Segundo Gentili, Juliana teria procurado o apresentador apenas em dezembro de 2020, mais de quatro anos após o episódio, para relatar que foi vítima de violência sexual. Na época, ela teria mencionado que só percebeu a gravidade do ocorrido após a repercussão do caso envolvendo Dani Calabresa e Marcius Melhem.
“Juliana me citou e fez acusação que é completamente mentira o que ela falou [em relação a mim]. Ela ignora fatos da linha do tempo que fazem toda a diferença para a narrativa que está contando”, afirmou Gentili.
Ex-assistente não quis fazer denúncia
O apresentador declarou que ofereceu suporte jurídico e financeiro à ex-assistente e tentou convencê-la a registrar a ocorrência na polícia e junto ao setor de compliance do SBT. “Falei: ‘estamos na trincheira, vem comigo e vamos denunciar ele na polícia’. Ela disse: ‘não quero que denuncie ele na polícia’. Falei: ‘então vamos denunciar no compliance do SBT’. Ela falou: ‘não quero que denuncie ele no RH’”, disse.
Ainda segundo Gentili, ele teria vetado novas participações de Mesquita no programa após o relato de Juliana e proibido que o ex-convidado voltasse aos estúdios. “Coloquei meu advogado à disposição dela e falei: ‘seja lá o que você queira fazer, vou te dar suporte jurídico e financeiro’. Ela falou: ‘não quero nada dele, só quero que ele não vá mais lá [no programa]'”, declarou.
O que Danilo relata sobre a gravação com Otávio Mesquita?
O apresentador também abordou o episódio registrado na gravação de 2016. Disse que autorizou a participação de Mesquita, que desceria pendurado por cordas vestido de Batman, e que Juliana o auxiliaria na esquete. Danilo afirmou que, na ocasião, o convidado tocou suas partes íntimas, mas classificou o ato como “brincadeira inconveniente”, mesmo reconhecendo que Mesquita também tocou Juliana.
“Ele passou a mão no meu pau, ele me bolina. Um velho fazendo idiotices, eu me diverti na hora. Quando ele pega no meu pau eu penso: ‘Otávio sendo idiota’. Ele passa a mão na Juliana e ela reclama: ‘ele passou a mão em mim'”, relatou.
Sobre a conduta da ex-assistente, Gentili mencionou interações físicas anteriores entre os dois. “A Juliana enfiava o dedo no meu c* várias vezes para brincar e eu nunca revidei a brincadeira, graças a Deus, porque hoje poderia estar sendo processado por assédio.”
Ele disse que, à época, entendeu que havia liberdade entre Juliana e Mesquita, e por isso o programa foi ao ar. “Se eu tivesse entendido o contrário, nem teria ido ao ar. Nenhum de nós achamos que tinha coisa errada.”
Juliana nega versão de Gentili e acusa emissora de omissão
Juliana Oliveira falou publicamente sobre a acusação em vídeo publicado nas redes sociais na terça-feira (15), afirmando ter sido agarrada por Otávio Mesquita sem consentimento durante a gravação. Segundo ela, o episódio não foi uma encenação combinada. “Ele me agarrou à força. Aquilo foi uma violência. Até minha cabeça no meio das pernas dele ele colocou. Ele não parava.”
Confrontada por vídeos em que demonstrava comportamento parecido com outros convidados do programa e até com o próprio Mesquita, ela afirmou que se tratava de roteiro. Mas o caso denunciado não tinha roteiro.
Ela diz que, anos após o ocorrido, procurou a direção do SBT para denunciar o que aconteceu. “Eu precisava que a diretoria do SBT soubesse de tudo que tinha acontecido comigo. Eu fiz uma série de reuniões pra explicar tudo. A própria direção do SBT me encaminhou para o compliance”, afirmou.
Juliana também disse que teve sua presença progressivamente reduzida nas produções da emissora e foi demitida meses depois. “Minha carreira estava em ascensão no SBT, mas foi só eu denunciar, que foi se perdendo.”
Defesa de Juliana afirma que houve estupro
Hédio Silva, advogado de Juliana, declarou que o ato praticado por Otávio Mesquita se enquadra na definição legal de estupro. “A prática de atos libidinosos configura estupro”, afirmou. Ele citou a jurisprudência atual, que não exige penetração para caracterizar o crime.
Segundo o advogado, o vídeo da gravação, disponível no YouTube, comprova os abusos cometidos. “Ele aproxima as partes íntimas da boca dela, joga a Juliana no sofá… Quase quatro minutos de agressão. Ela reage, dá tapa, chuta, protesta.”
Ele ainda contestou a ideia de que o silêncio inicial de Juliana deslegitima sua denúncia. “Cada pessoa tem um tempo diferente para denunciar. Isso adoece a pessoa. E entra o componente racial, a ideia de que o corpo da mulher é público.”
Mesquita nega acusação e processa Juliana por danos morais
Otávio Mesquita negou as acusações e sustenta que, ao contrário do que a ex-assistente afirma, a esquete foi combinada previamente. Ele entrou com processo por danos morais contra Juliana Oliveira.
O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.
Danilo Gentili diz que tentou denunciar Otávio Mesquita por estupro e nega omissão com ex-assistente
Apresentador divulgou áudios e alegou ter oferecido apoio jurídico e financeiro a Juliana Oliveira, que o acusou de não agir após denúncia de abuso.
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