Corpo de jovem morta pelo companheiro em SC chega ao AP: 'momento de revolta', diz tia da vítima
Luíza Clara, de 19 anos, foi vítima de feminicídio em Criciúma (SC). Corpo da vítima chegou ao Aeroporto internacional de Macapá nesta quarta-feira (23) e foi velado no município de Santana. Família de Clara se reuniu para receber o corpo no aeroporto Isadora Pereira/g1 O corpo de Luíza Clara Guedes, de 19 anos, chegou ao Aeroporto Internacional de Macapá nesta quarta-feira (23). Segundo as investigações, a santanense morreu em Criciúma (SC) em decorrência de um estrangulamento que sofreu de seu companheiro após uma discussão. O autor do crime foi preso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp A vítima, que estava no puerpério, deixou a bebê recém-nascida e uma filha de 4 anos. No aeroporto, a família prestou homenagens, assim como outras pessoas que se solidarizaram com o caso. No mesmo dia e horário, o corpo da brasileira assassinada na Bolívia chegou ao aeroporto de Macapá. Corpos de amapaenses vítimas de feminicídio chegaram ao Amapá LEIA MAIS: Amapaense com bebê de 21 dias é morta estrangulada pelo companheiro em SC; família pede ajuda para translado 'Queria estudar pra ser médica', diz pai de amapaense morta pelo companheiro em SC O corpo de Clara foi velado na tarde desta quarta-feira (23), no município de Santana. O enterro acontece às 8h30 de quinta-feira (24), no cemitério municipal da cidade. Leidiane Silva, madrasta de Luíza, que a criou desde que era bebê, contou que a perda é irreparável. Em depoimento, ela contou emocionada sobre os momentos que viveu com a enteada, que se tornaram lembranças tristes. "Ela adorava assistir Xuxa só para baixinhos. E quando ela queria que balançasse ela, ou quando ela queria colo, porque ela não gostava de andar muito, quando ela era bebezinha. E os sonhos que ela tinha eram tantos. Porque ela sempre foi uma excelente aluna e ela era muitíssimo inteligente [...] E isso fica. Essas lembranças que se tornam dolorosas pela maneira trágica como ela se foi das nossas vidas", contou. A madrasta contou que Clara não relatava qualquer episódio de agressão que possa ter sofrido do companheiro, que ela não manifestava reclamações. "Não sabíamos nada que ela passava, senão ela não tinha ficado lá. Então, devido a tanta violência que ela deve ter passado, psicológica, emocionalmente, ela omitia isso da família, porque se em qualquer momento ela manifestasse qualquer desejo ou reclamação, a gente teria de buscar ela imediatamente", relatou. Madrasta de Clara, Leidiane Isadora Pereira/g1 A prima de Clara, Caroline Gomes, que também esteve no aeroporto para receber o corpo, disse que de certa forma é um alívio recebê-la novamente, para que uma despedida adequada fosse feita. Clara disse ainda que a situação das filhas da vítima está sendo resolvida na justiça. "É um alívio, mas também um momento de muita dor [...] Eu tenho certeza que seria uma vontade da Clara também, que as filhas estivessem perto da família dela, nós estamos aguardando as meninas aqui, e que ele permaneça preso, que ele pague pelo que ele fez. Nós não aceitamos que ele venha sair do local de onde ele está, se ele está lá, é porque ele é merecedor de estar nesse lugar, é um momento de revolta também", disse a prima. Caroline Guedes, prima de Clara, vítima de feminicídio Isadora Pereira/g1 Carol informou que seu tio, pai de Clara, aguarda a saída de uma autorização do Juiz, para que as filhas da vítima retornem ao Amapá e fiquem sob cuidados da família. "A gente fica com essa imagem de mãe que amava, que cuidava, que protegia. Uma menina dócil, amável. Não tinha como falar que ela fez algo para merecer isso, ninguém merece passar por isso, é o que mais revolta a gente", disse. Foram prestadas homenagens ás duas vítimas de feminicídio Isadora Pereira/g1 Sobre o relacionamento O pai disse que Luíza e o companheiro se conheceram no Amapá e namoravam desde a adolescência, período em que tiveram a primeira filha, de 4 anos atualmente. Outros episódios de agressão contra a vítima já tinham acontecido. "Eles se relacionaram na adolescência e ficaram juntos por um tempo [...] e aí tiveram uns episódios de agressão com ela, a família interveio e eles separaram. Ele veio pra cá (Criciúma) e ela ficou cerca de 5 anos no Amapá com a filhinha dela, ficou comigo, com a mãe [...] Foi até um susto pra gente depois que eles começaram a se falar de novo, e aí foi quando ele mandou uma passagem pra ela vir pra cá (Criciúma), a contragosto da mãe e de mim", contou o pai. Luíza foi até à cidade catarinense na tentativa de manter o núcleo familiar junto, conforme o pai. Ela morava com o companheiro na cidade há pouco mais de um ano e viviam como marido e mulher, no entanto, sem registros oficiais. Esse foi o período em que Luíza engravidou e deu à luz à filha recém-nascida. "A gente falava com ela todo dia. Eu tinha falado com ela algumas horas antes (do feminicídio), a gente se mandava mensagem, fazia ligação de vídeo, todo dia perguntava como ela estava e ela dizia que estava bem. Ela sempre omitiu d


Luíza Clara, de 19 anos, foi vítima de feminicídio em Criciúma (SC). Corpo da vítima chegou ao Aeroporto internacional de Macapá nesta quarta-feira (23) e foi velado no município de Santana. Família de Clara se reuniu para receber o corpo no aeroporto Isadora Pereira/g1 O corpo de Luíza Clara Guedes, de 19 anos, chegou ao Aeroporto Internacional de Macapá nesta quarta-feira (23). Segundo as investigações, a santanense morreu em Criciúma (SC) em decorrência de um estrangulamento que sofreu de seu companheiro após uma discussão. O autor do crime foi preso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp A vítima, que estava no puerpério, deixou a bebê recém-nascida e uma filha de 4 anos. No aeroporto, a família prestou homenagens, assim como outras pessoas que se solidarizaram com o caso. No mesmo dia e horário, o corpo da brasileira assassinada na Bolívia chegou ao aeroporto de Macapá. Corpos de amapaenses vítimas de feminicídio chegaram ao Amapá LEIA MAIS: Amapaense com bebê de 21 dias é morta estrangulada pelo companheiro em SC; família pede ajuda para translado 'Queria estudar pra ser médica', diz pai de amapaense morta pelo companheiro em SC O corpo de Clara foi velado na tarde desta quarta-feira (23), no município de Santana. O enterro acontece às 8h30 de quinta-feira (24), no cemitério municipal da cidade. Leidiane Silva, madrasta de Luíza, que a criou desde que era bebê, contou que a perda é irreparável. Em depoimento, ela contou emocionada sobre os momentos que viveu com a enteada, que se tornaram lembranças tristes. "Ela adorava assistir Xuxa só para baixinhos. E quando ela queria que balançasse ela, ou quando ela queria colo, porque ela não gostava de andar muito, quando ela era bebezinha. E os sonhos que ela tinha eram tantos. Porque ela sempre foi uma excelente aluna e ela era muitíssimo inteligente [...] E isso fica. Essas lembranças que se tornam dolorosas pela maneira trágica como ela se foi das nossas vidas", contou. A madrasta contou que Clara não relatava qualquer episódio de agressão que possa ter sofrido do companheiro, que ela não manifestava reclamações. "Não sabíamos nada que ela passava, senão ela não tinha ficado lá. Então, devido a tanta violência que ela deve ter passado, psicológica, emocionalmente, ela omitia isso da família, porque se em qualquer momento ela manifestasse qualquer desejo ou reclamação, a gente teria de buscar ela imediatamente", relatou. Madrasta de Clara, Leidiane Isadora Pereira/g1 A prima de Clara, Caroline Gomes, que também esteve no aeroporto para receber o corpo, disse que de certa forma é um alívio recebê-la novamente, para que uma despedida adequada fosse feita. Clara disse ainda que a situação das filhas da vítima está sendo resolvida na justiça. "É um alívio, mas também um momento de muita dor [...] Eu tenho certeza que seria uma vontade da Clara também, que as filhas estivessem perto da família dela, nós estamos aguardando as meninas aqui, e que ele permaneça preso, que ele pague pelo que ele fez. Nós não aceitamos que ele venha sair do local de onde ele está, se ele está lá, é porque ele é merecedor de estar nesse lugar, é um momento de revolta também", disse a prima. Caroline Guedes, prima de Clara, vítima de feminicídio Isadora Pereira/g1 Carol informou que seu tio, pai de Clara, aguarda a saída de uma autorização do Juiz, para que as filhas da vítima retornem ao Amapá e fiquem sob cuidados da família. "A gente fica com essa imagem de mãe que amava, que cuidava, que protegia. Uma menina dócil, amável. Não tinha como falar que ela fez algo para merecer isso, ninguém merece passar por isso, é o que mais revolta a gente", disse. Foram prestadas homenagens ás duas vítimas de feminicídio Isadora Pereira/g1 Sobre o relacionamento O pai disse que Luíza e o companheiro se conheceram no Amapá e namoravam desde a adolescência, período em que tiveram a primeira filha, de 4 anos atualmente. Outros episódios de agressão contra a vítima já tinham acontecido. "Eles se relacionaram na adolescência e ficaram juntos por um tempo [...] e aí tiveram uns episódios de agressão com ela, a família interveio e eles separaram. Ele veio pra cá (Criciúma) e ela ficou cerca de 5 anos no Amapá com a filhinha dela, ficou comigo, com a mãe [...] Foi até um susto pra gente depois que eles começaram a se falar de novo, e aí foi quando ele mandou uma passagem pra ela vir pra cá (Criciúma), a contragosto da mãe e de mim", contou o pai. Luíza foi até à cidade catarinense na tentativa de manter o núcleo familiar junto, conforme o pai. Ela morava com o companheiro na cidade há pouco mais de um ano e viviam como marido e mulher, no entanto, sem registros oficiais. Esse foi o período em que Luíza engravidou e deu à luz à filha recém-nascida. "A gente falava com ela todo dia. Eu tinha falado com ela algumas horas antes (do feminicídio), a gente se mandava mensagem, fazia ligação de vídeo, todo dia perguntava como ela estava e ela dizia que estava bem. Ela sempre omitiu da gente qualquer tipo de episódio que fosse mais preocupante, e a gente nunca pensou que isso pudesse acontecer", falou o pai. Relembre o Caso Luíza e sua filha mais velha Jadroelson Oliveira/Divulgação Luíza Clara, natural de Santana (AP), morreu em decorrência ao golpe de estrangulamento conhecido como 'mata-leão' que sofreu do companheiro durante uma discussão na cidade de Criciúma (SC). A vítima sofreu a agressão no domingo (13) passou 4 dias internada e teve a morte encefálica confirmada pela família na quinta-feira (17). O acusado, Gabriel Farias, pai dos filhos da vítima, foi preso preventivamente e deve responder pelo crime de feminicídio. O caso vai ser investigado pelas autoridades de Santa Catarina. Segundo relatos do suspeito à polícia, ele imobilizou Luiza durante uma briga na casa da mulher, no bairro do Cristo Redentor em Criciúma, por volta das 5h55. A mulher caiu no chão já sem sinais vitais e o homem que a agrediu ligou para um familiar para pedir socorro e em seguida para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao chegar no local, a equipe se deparou com Luiza no chão da cozinha sem sinais vitais, mas foi reanimada pelos profissionais e levada ao Hospital São José, na cidade. Veja o que foi destaque no g1 nesta segunda-feira (21)