Comissão de frente da Viradouro tem chapéus voadores e 'incendeia' a Sapucaí

Drones foram usados para fazer voar os chapéus, e tripé da comissão misturou fogo real e cenográfico. Comissão de frente da Viradouro tem efeitos especiais como fogo, fumaça e chapéus voadores A comissão de frente da Viradouro levou chapéus voadores e "incendiou" na Sapucaí neste primeiro dia de Grupo Especial. Drones fizeram decolar vários chapéus, enquanto labaredas reais de fogo se misturaram ao fogo cenográfico. Para desfilar, segundo apurou o g1, foi necessário que houvesse até liberação com os bombeiros. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira teve que ter uma distância ainda maior do que normalmente ficam, por questões de segurança. Comissão de frente da Viradouro tem chapéus voadores e 'incendeia' a Sapucaí Fogo no tripé da comissão de frente da Viradouro Lucas Soares/TV Globo Enredo g1 no carnaval 2025: conheça o enredo da Viradouro "Malunguinho, o Mensageiro de Três Mundos, esse grande herói pernambucano do século 19, um dos maiores líderes quilombolas do Brasil. A gente vai contar essa história tanto na esfera espiritual quanto histórica." A homenagem da Unidos do Viradouro a Malunguinho aborda uma história pouco divulgada, mas essencial para retratar a realidade do Brasil, afirma o carnavalesco Tarcísio Zanon ao g1, para a série em que os carnavalescos resumem os enredos de suas escolas (veja no vídeo acima). Veja o que disse Zanon sobre o enredo "Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos": Malunguinho foi João Batista, líder do Quilombo do Catucá no século 19, no Norte de Pernambuco. O quilombo era foco de resistência e viu Malunguinho ser duramente perseguido por seus atos libertários. A figura histórica sobreviveu dentro do culto da Jurema Sagrada, considerada uma das primeiras cosmologias brasileiras. Tornou-se uma entidade religiosa afro-indígena, que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro – daí o apelido Mensageiro dos Três Mundos. "É um enredo que permite muita criatividade. A gente está falando da Jurema Sagrada, que é um psicoativo, que é esse chá dos pajés. Te leva para um lugar inimaginável. Toda vez que você entra em contato com esse chá. E a Viradouro pretende levar o público para esse lugar também." "A Viradouro vem com essa força de reparação histórica, de trazer mais uma vez uma história que foi pouco difundida e que é necessária para contar a realidade do nosso país, do nosso Brasil profundo, de reorganizar esse imaginário popular brasileiro." Saiba tudo sobre o carnaval do Rio Tarcísio Zanon, da Viradouro Lucas Soares/TV Globo Líder do Quilombo do Catucá Enredo e Samba: Viradouro traz Malunguinho; o mensageiro de três mundos como enredo para o Carnaval É conhecido como Mestre dos Três Mundos por se manifestar de três formas distintas: Exu, Mestre e Caboclo. O primeiro é o mensageiro, o elo de ligação da linha da Jurema com as pessoas. O segundo é o guia, principal protetor dos iniciados no culto. O terceiro representa alguém que teve existência real na terra. O enredo mergulha na luta por liberdade e resistência, trazendo um forte diálogo entre culturas afro e indígenas. E exalta a força da ancestralidade, com alas que homenageiam a mãe natureza e a resistência cultural dos povos oprimidos. Confira o samba-enredo A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só Acenda tudo que for de acender Deixa a fumaça entrar Sobô nirê mafá, sobô nirê Evoco, desperto nação coroada Não temo o inimigo, galopo na estrada A noite é abrigo Transbordo a revolta dos mais oprimidos Eu sou caboclo da Mata do Catucá Eu sou pavor contra a tirania Das matas, o Encantado Cachimbo já foi facão amolado Salve a raiz do Juremá Ê juremeiro, curandeiro ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Ê juremeiro, curandeiro, ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Entre a vida e a morte, encantarias Nas veredas da encruza, proteção O estandarte da sorte é quem me guia Alumia minha procissão Do parlamento das tramas Para os quilombos modernos A quem do mal se proclama Levo do céu pro inferno Toca o alujá ligeiro, tem coco de gira pra ser invocado Kaô, consagrado Reis Malunguinho, encarnado Pernambucano mensageiro bravio O rei da mata que mata quem mata o Brasil O rei da mata que mata quem mata o Brasil A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nun

Mar 3, 2025 - 05:42
 0
Comissão de frente da Viradouro tem chapéus voadores e 'incendeia' a Sapucaí

Drones foram usados para fazer voar os chapéus, e tripé da comissão misturou fogo real e cenográfico. Comissão de frente da Viradouro tem efeitos especiais como fogo, fumaça e chapéus voadores A comissão de frente da Viradouro levou chapéus voadores e "incendiou" na Sapucaí neste primeiro dia de Grupo Especial. Drones fizeram decolar vários chapéus, enquanto labaredas reais de fogo se misturaram ao fogo cenográfico. Para desfilar, segundo apurou o g1, foi necessário que houvesse até liberação com os bombeiros. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira teve que ter uma distância ainda maior do que normalmente ficam, por questões de segurança. Comissão de frente da Viradouro tem chapéus voadores e 'incendeia' a Sapucaí Fogo no tripé da comissão de frente da Viradouro Lucas Soares/TV Globo Enredo g1 no carnaval 2025: conheça o enredo da Viradouro "Malunguinho, o Mensageiro de Três Mundos, esse grande herói pernambucano do século 19, um dos maiores líderes quilombolas do Brasil. A gente vai contar essa história tanto na esfera espiritual quanto histórica." A homenagem da Unidos do Viradouro a Malunguinho aborda uma história pouco divulgada, mas essencial para retratar a realidade do Brasil, afirma o carnavalesco Tarcísio Zanon ao g1, para a série em que os carnavalescos resumem os enredos de suas escolas (veja no vídeo acima). Veja o que disse Zanon sobre o enredo "Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos": Malunguinho foi João Batista, líder do Quilombo do Catucá no século 19, no Norte de Pernambuco. O quilombo era foco de resistência e viu Malunguinho ser duramente perseguido por seus atos libertários. A figura histórica sobreviveu dentro do culto da Jurema Sagrada, considerada uma das primeiras cosmologias brasileiras. Tornou-se uma entidade religiosa afro-indígena, que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro – daí o apelido Mensageiro dos Três Mundos. "É um enredo que permite muita criatividade. A gente está falando da Jurema Sagrada, que é um psicoativo, que é esse chá dos pajés. Te leva para um lugar inimaginável. Toda vez que você entra em contato com esse chá. E a Viradouro pretende levar o público para esse lugar também." "A Viradouro vem com essa força de reparação histórica, de trazer mais uma vez uma história que foi pouco difundida e que é necessária para contar a realidade do nosso país, do nosso Brasil profundo, de reorganizar esse imaginário popular brasileiro." Saiba tudo sobre o carnaval do Rio Tarcísio Zanon, da Viradouro Lucas Soares/TV Globo Líder do Quilombo do Catucá Enredo e Samba: Viradouro traz Malunguinho; o mensageiro de três mundos como enredo para o Carnaval É conhecido como Mestre dos Três Mundos por se manifestar de três formas distintas: Exu, Mestre e Caboclo. O primeiro é o mensageiro, o elo de ligação da linha da Jurema com as pessoas. O segundo é o guia, principal protetor dos iniciados no culto. O terceiro representa alguém que teve existência real na terra. O enredo mergulha na luta por liberdade e resistência, trazendo um forte diálogo entre culturas afro e indígenas. E exalta a força da ancestralidade, com alas que homenageiam a mãe natureza e a resistência cultural dos povos oprimidos. Confira o samba-enredo A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só Acenda tudo que for de acender Deixa a fumaça entrar Sobô nirê mafá, sobô nirê Evoco, desperto nação coroada Não temo o inimigo, galopo na estrada A noite é abrigo Transbordo a revolta dos mais oprimidos Eu sou caboclo da Mata do Catucá Eu sou pavor contra a tirania Das matas, o Encantado Cachimbo já foi facão amolado Salve a raiz do Juremá Ê juremeiro, curandeiro ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Ê juremeiro, curandeiro, ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Entre a vida e a morte, encantarias Nas veredas da encruza, proteção O estandarte da sorte é quem me guia Alumia minha procissão Do parlamento das tramas Para os quilombos modernos A quem do mal se proclama Levo do céu pro inferno Toca o alujá ligeiro, tem coco de gira pra ser invocado Kaô, consagrado Reis Malunguinho, encarnado Pernambucano mensageiro bravio O rei da mata que mata quem mata o Brasil O rei da mata que mata quem mata o Brasil A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só A chave do cativeiro, virado no Exu Trunqueiro Viradouro é catimbó, Viradouro é catimbó Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo Porque nunca ando só, porque nunca ando só Acenda tudo que for de acender Deixa a fumaça entrar Sobô nirê mafá, sobô nirê Evoco, desperto nação coroada Não temo o inimigo, galopo na estrada A noite é abrigo Transbordo a revolta dos mais oprimidos Eu sou caboclo da Mata do Catucá Eu sou pavor contra a tirania Das matas, o Encantado Cachimbo já foi facão amolado Salve a raiz do Juremá Ê juremeiro, curandeiro ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Ê juremeiro, curandeiro, ó Vinho da erva sagrada Eu viro num gole só Catiço sustenta o zeloso guardião Trago a força da jurema Não mexe comigo, não Entre a vida e a morte, encantarias Nas veredas da encruza, proteção O estandarte da sorte é quem me guia Alumia minha procissão Do parlamento das tramas Para os quilombos modernos A quem do mal se proclama Levo do céu pro inferno Toca o alujá ligeiro, tem coco de gira pra ser invocado Kaô, consagrado Lore Improta no ensaio técnico da Viradouro Anderson Bordê/ AgNews