Com Selic em 14,75%, Brasil é o 3º país com maior juro real do mundo
Levantamento considera os juros praticados e desconta a inflação; Brasil sobe uma posição em relação ao levantamento anterior e só está atrás de Turquia e Rússia The post Com Selic em 14,75%, Brasil é o 3º país com maior juro real do mundo appeared first on InfoMoney.


O Brasil subiu uma posição e, agora, é o 3ª país com o maior juro real do mundo após a definição da nova taxa básica de juros, a Selic, que avançou 0,5 ponto percentual e chegou a 14,75%.
Descontada a inflação, o Brasil tem um juro real de 8,65%, ficando atrás apenas de Turquia (10,47%) e Rússia (9,17%), mas acima da África do Sul (6,61%), e Colômbia (4,68%).
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O levantamento é da MoneYou e Lev Intelligence, e foi feito pelo economista-chefe Jason Vieira. Ele considera a diferença entre os juros praticados e a inflação. O ranking inclui os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa. A média geral de juros é de 1,60%.
Vieira destaca que a guerra comercial deflagrada pelos EUA “tirou o peso do dólar”. Ele atribui esse movimento à desvalorização da moeda frente às políticas protecionistas do novo governo de Donald Trump. Isso ajudou a evitar uma maior pressão de inflação de câmbio, devido ao forte fluxo de saída de capitais do Brasil e descompressão no preço de commodities.
“Todavia, o cenário de incertezas inflacionárias locais continua, em especial com a questão fiscal criando tensão no contexto local, além do item alimentação ainda relevante em termos de preços no curto prazo”, avalia.
No último levantamento, feito em março, o Brasil ocupava a quarta posição no ranking, com juros reais de 8,79% ao ano, ficando atrás da Turquia, que na época registrava 11,90%, Argentina (9,35%) e Rússia (8,91%). A Indonésia ficava em quinto lugar, com juros reais de 6,48%.
Em janeiro, o Brasil ocupava a primeira posição no ranking de países com maiores juros reais, com 9,18% ao ano.
De acordo com a análise do economista, mesmo que a Selic tivesse sido elevada em patamares diferentes, como 0,25 p.p., 0,75 p.p. ou um ponto percentual, o Brasil permaneceria em terceiro lugar entre os países com os juros mais altos do mundo.
Mundo mantém taxas
O levantamento também indica que o aperto monetário dos países perdeu força.
“Apenas 6% dos países no mundo subiram juros, sendo o contexto majoritário de manutenção das taxas, porém, cortes ganharam força recentemente”, avalia Vieira.
Entre os 165 países analisados, Vieira destaca que 68,48% mantiveram os juros, 3,64% elevaram e 27,88% cortaram. No recorte entre os 40 países mais relevantes, 42,5% mantiveram, enquanto 5% elevaram as taxas e 52,5% cortaram.
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