Com megaoperação da PF, Justiça afasta do cargo o presidente do INSS
Os investigadores cumprem mandados de busca na sede do INSS e em outros endereços de alvos da ação

Presidente do INSS na gestão de Lula, Alessandro Stefanutto foi afastado pela Justiça do cargo, na esteira da megaoperação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta contra investigados por integrarem um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS, um drama vivido por idosos em todo o país, como VEJA já mostrou.
O Radar revelou ações do MPF sobre o mesmo tema em janeiro. Servidores da Previdência estão entre os procurados pelos investigadores, que cumprem mandados em endereços da Previdência. O ministro Carlos Lupi não é alvo da ação.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de 1 bilhão de reais e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
“As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social”, diz a PF.
Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de 6,3 bilhões de reais, no período entre 2019 e 2024.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.