COI confirma a permanência do boxe nas Olimpíadas de Los Angeles 2028

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta quinta-feira (20) a presença do boxe nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, decisão tomada durante a 144ª Sessão após um período de incertezas. O esporte estava ameaçado desde que sua antiga federação internacional, a IBA, perdeu o reconhecimento do COI, mas agora será administrado pela recém-aprovada World Boxing.

A crise no boxe amador começou na década passada, quando investigações revelaram um esquema de manipulação de resultados nas Olimpíadas de Londres-2012 e Rio-2016, com envolvimento direto da presidência da IBA, então chamada de Aiba. Em resposta, o COI suspendeu a entidade, assumiu a organização dos torneios de Tóquio-2020 e Paris-2024 e, em 2023, excluiu oficialmente a IBA do movimento olímpico, deixando a modalidade sem uma federação reconhecida e sob risco de ser retirada do programa olímpico.

Diante da necessidade de uma nova governança, a federação de boxe dos Estados Unidos liderou a criação da World Boxing, movimento apoiado pela CBBoxe, uma das primeiras a deixar a IBA. Para obter o reconhecimento do COI, a WB precisava reunir ao menos 60 países em todos os continentes, meta superada no mês passado com 88 federações filiadas e o reconhecimento provisório, o que levou à oficialização da permanência do boxe na Olimpíada durante a sessão do COI nesta semana.

O Brasil tem se destacado no boxe, conquistando oito medalhas olímpicas e 18 em Campeonatos Mundiais ao longo dos últimos 15 anos. Em entrevista ao portal Olimpíada Todo Dia, o presidente da CBBoxe, Marcos Brito, comemorou a confirmação da modalidade em Los Angeles-2028.

“A CBBoxe teve fé no caminho traçado no retorno do boxe aos Jogos Olímpicos desde o princípio. Atingir esse objetivo em dois anos é algo surreal e que impressiona até os mais confiantes. Mas nós sempre tivemos fé que poderíamos conseguir. Trabalhamos muito pela condição de poder atender o que o COI admite como entidade internacional ligada à ele”, afirmou o dirigente brasileiro que também faz parte do comitê executivo da World Boxing.

“A confirmação do retorno do boxe aos Jogos Olímpicos é algo que nos deixa extremamente felizes e satisfeitos. O boxe do Brasil vem conquistando posições há muito tempo. Há 10 anos conseguindo grandes resultados. E ficar fora de Los Angeles seria uma tragédia, especialmente para o boxe Brasil com esse crescimento”, completou.

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