China testa novo caça de sexta geração e amplia disputa com os EUA por superioridade aérea
A China realizou recentemente testes com uma nova aeronave militar, identificada por analistas como J-36, em meio à intensificação da disputa global pelo desenvolvimento de caças de última geração. Imagens e vídeos divulgados nas últimas semanas, supostamente registrados em Chengdu, Sichuan, mostram um avião sem cauda, de formato triangular, realizando voos ao lado de um […] O post China testa novo caça de sexta geração e amplia disputa com os EUA por superioridade aérea apareceu primeiro em O Cafezinho.

A China realizou recentemente testes com uma nova aeronave militar, identificada por analistas como J-36, em meio à intensificação da disputa global pelo desenvolvimento de caças de última geração.
Imagens e vídeos divulgados nas últimas semanas, supostamente registrados em Chengdu, Sichuan, mostram um avião sem cauda, de formato triangular, realizando voos ao lado de um jato furtivo J-20.
O modelo é atribuído à Chengdu Aircraft Corporation e apresenta características que levaram especialistas a classificá-lo como um protótipo de caça de sexta geração.
Segundo o jornal South China Morning Post (SCMP), outra imagem capturada no mesmo período, nas proximidades de uma instalação da Shenyang Aircraft Corporation, revelou uma aeronave distinta, com asas em V e dois motores, provisoriamente identificada como J-50.
As informações sobre os dois projetos indicam que a China mantém diferentes programas voltados para o desenvolvimento de aviões de combate avançados. Embora o J-36 tenha sido exibido publicamente, especialistas avaliam que os protótipos ainda se encontram nas fases iniciais de desenvolvimento.
De acordo com o SCMP, o tempo médio para o desenvolvimento completo de um caça, desde a concepção até a entrada em operação, gira em torno de 20 anos.
O programa chinês para jatos de sexta geração teria começado no final da década de 2010. O primeiro voo de teste, ocorrido no ano passado, é considerado por analistas um indicativo de progresso acelerado.
A divulgação das imagens de testes e a aparente antecipação da apresentação pública da aeronave são interpretadas como um movimento estratégico de Pequim.
A exposição do protótipo ocorreu logo após a reeleição do ex-presidente norte-americano Donald Trump, em um contexto de aumento das tensões militares entre Estados Unidos e China.
Especialistas citados pelo SCMP afirmam que a decisão de tornar os testes visíveis pode ter como objetivo demonstrar a capacidade tecnológica da China e reforçar sua posição na corrida pelo domínio aéreo.
Segundo os analistas, apesar da visibilidade dos testes, o programa ainda se encontra em estágio conceitual e há etapas técnicas significativas a serem concluídas.
Entre os desafios apontados está o desenvolvimento de software avançado e a integração de diferentes sistemas. Segundo especialistas, esses elementos exigem um longo processo de ajustes e testes para que a aeronave atinja plena capacidade operacional.
As informações divulgadas pela mídia chinesa estimam que o J-36 tenha cerca de 23 metros de comprimento e pese entre 49,7 e 51,9 toneladas, dimensões superiores às do caça J-20, que varia de 34,8 a 39,9 toneladas.
A configuração da nova aeronave inclui três motores, característica incomum entre os caças modernos, que geralmente utilizam dois motores para equilibrar desempenho e segurança.
De acordo com analistas militares, a escolha por uma configuração trimotora pode oferecer maior empuxo e permitir o transporte de cargas mais pesadas em distâncias maiores. No entanto, essa configuração também implica maior consumo de combustível e requisitos mais complexos de manutenção.
Os motores do J-36, segundo especialistas, não apresentam características visivelmente avançadas em relação aos programas norte-americanos, como o Next Generation Air Dominance (NGAD), que inclui o desenvolvimento de propulsores com eficiência para voo em supercruzeiro.
A expectativa é que o J-36 utilize inicialmente motores WS-15, com possibilidade de adoção de modelos mais sofisticados à medida que a tecnologia chinesa evolua.
A configuração trimotora e o porte da aeronave aproximam o J-36 de bombardeiros em termos de tamanho, o que, segundo analistas, exigirá motores de alto desempenho, capazes de garantir alcance estendido e capacidade de carga elevada. Essa necessidade reforça a prioridade do governo chinês em avançar na produção de motores adequados a esse perfil de aeronave.
Os primeiros projetos conceituais da China para caças de sexta geração surgiram no final de 2022. Segundo especialistas, a transição para a construção de protótipos em um período de dois a três anos representa um ritmo acelerado, mas a conclusão do desenvolvimento completo ainda depende de avanços tecnológicos significativos, especialmente na integração de sistemas e na maturação dos motores.
Os Estados Unidos, que lideram o desenvolvimento de aeronaves de sexta geração com seu programa NGAD, acompanham os testes chineses em meio ao cenário de competição estratégica por superioridade aérea. A corrida tecnológica entre Washington e Pequim inclui não apenas a construção de aeronaves, mas também a busca por inovações em sensores, armamentos e capacidade furtiva.
Apesar da exibição do J-36, analistas indicam que o programa chinês permanece em fase de testes iniciais, e que a entrada efetiva em operação de um caça de sexta geração ainda pode levar anos. A divulgação das imagens, no entanto, reforça a sinalização de Pequim de que pretende disputar espaço nesse segmento e ampliar sua capacidade de dissuasão militar.
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