China diz que avalia proposta dos EUA para negociar tarifas

Ministério do Comércio chinês declarou, em comunicado, que os norte-americanos devem estar preparados para corrigir práticas 'equivocadas' e cancelar taxas unilaterais. ilustração mostra um modelo em miniatura impresso em 3D representando o presidente dos EUA, Donald Trump, a bandeira chinesa e a palavra "tariffs" (tarifas). Reuters O Ministério do Comércio da China declarou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (2, data local), que está avaliando uma proposta dos Estados Unidos para iniciar conversas sobre a guerra comercial. "Os EUA tomaram recentemente a iniciativa, em diversas ocasiões, de transmitir informações à China por meio das partes pertinentes, dizendo que esperavam conversar", afirmou a pasta. "A China está atualmente avaliando isso." Segundo o ministério chinês, os EUA precisam "demonstrar sinceridade" caso queiram negociar. Para isso, os norte-americanos devem estar dispostos a "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais", acrescentou. "Em qualquer diálogo ou possível conversa, se a parte norte-americana não corrigir suas equivocadas medidas tarifárias unilaterais, isso simplesmente quer dizer que a parte americana não é sincera e ainda mais prejudicará a confiança mútua entre ambas as partes." Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Duelo tarifário As duas maiores economias do mundo têm protagonizado um forte duelo tarifário desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou seu tarifaço, em 2 de abril. Mais de 180 países e regiões foram atingidos pela medida. Na ocasião, o republicano anunciou taxas de 34% sobre produtos chineses importados pelos EUA. Trump esperava utilizar as tarifas para negociar com a China, mas os asiáticos responderam com a aplicação de taxas de mesma magnitude sobre a importação de itens norte-americanos. O embate escalou ao longo das últimas semanas. Os EUA chegaram a uma tarifa de 145% contra a China. Os chineses retaliaram e passaram a aplicar taxas de 125% sobre itens comprados dos EUA. Nos últimos dias, Trump afirmou repetidamente que autoridades chinesas têm entrado em contato para estabelecer negociações comerciais. O líder norte-americano afirmou nesta quarta-feira (30) que há "muitas boas chances" de se chegar a um acordo. Pequim, no entanto, vinha negando que houvesse conversas em andamento. Além disso, instou Washington a dialogar de maneira "justa, respeitosa e recíproca". Advertiu também que está disposto a lutar até o fim em uma guerra comercial.

Mai 2, 2025 - 03:29
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China diz que avalia proposta dos EUA para negociar tarifas

Ministério do Comércio chinês declarou, em comunicado, que os norte-americanos devem estar preparados para corrigir práticas 'equivocadas' e cancelar taxas unilaterais. ilustração mostra um modelo em miniatura impresso em 3D representando o presidente dos EUA, Donald Trump, a bandeira chinesa e a palavra "tariffs" (tarifas). Reuters O Ministério do Comércio da China declarou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (2, data local), que está avaliando uma proposta dos Estados Unidos para iniciar conversas sobre a guerra comercial. "Os EUA tomaram recentemente a iniciativa, em diversas ocasiões, de transmitir informações à China por meio das partes pertinentes, dizendo que esperavam conversar", afirmou a pasta. "A China está atualmente avaliando isso." Segundo o ministério chinês, os EUA precisam "demonstrar sinceridade" caso queiram negociar. Para isso, os norte-americanos devem estar dispostos a "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais", acrescentou. "Em qualquer diálogo ou possível conversa, se a parte norte-americana não corrigir suas equivocadas medidas tarifárias unilaterais, isso simplesmente quer dizer que a parte americana não é sincera e ainda mais prejudicará a confiança mútua entre ambas as partes." Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Duelo tarifário As duas maiores economias do mundo têm protagonizado um forte duelo tarifário desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou seu tarifaço, em 2 de abril. Mais de 180 países e regiões foram atingidos pela medida. Na ocasião, o republicano anunciou taxas de 34% sobre produtos chineses importados pelos EUA. Trump esperava utilizar as tarifas para negociar com a China, mas os asiáticos responderam com a aplicação de taxas de mesma magnitude sobre a importação de itens norte-americanos. O embate escalou ao longo das últimas semanas. Os EUA chegaram a uma tarifa de 145% contra a China. Os chineses retaliaram e passaram a aplicar taxas de 125% sobre itens comprados dos EUA. Nos últimos dias, Trump afirmou repetidamente que autoridades chinesas têm entrado em contato para estabelecer negociações comerciais. O líder norte-americano afirmou nesta quarta-feira (30) que há "muitas boas chances" de se chegar a um acordo. Pequim, no entanto, vinha negando que houvesse conversas em andamento. Além disso, instou Washington a dialogar de maneira "justa, respeitosa e recíproca". Advertiu também que está disposto a lutar até o fim em uma guerra comercial.