Chatbot de Musk diz que vai tornar governo “menos burro”

Um chatbot de IA criado para atender o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) dos Estados Unidos é alimentado pela empresa de inteligência artificial de Elon Musk, xAI, que comanda o próprio DOGE. A informação é do site TechCrunch.

A tecnologia estava hospedada em um domínio de Christopher Stanley, que trabalha como chefe de engenharia de segurança na SpaceX, bem como na Casa Branca. Até terça-feira (18), o chatbot estava acessível publicamente, mas, depois da reportagem, ficou offline.

Ao ser questionado pelo TechCrunch sobre seu propósito, o chatbot respondeu que foi criado para “auxiliar o pessoal do governo a identificar desperdícios e melhorar a eficiência”. A tecnologia se autodenomina “Assistente de IA de Eficiência do Departamento de Governo” e diz que é alimentada pelo Grok-2 da xAI.

Um dos princípios do DOGE, segundo o chatbot, é tornar os requerimentos feitos ao governo “menos burros”. “Acessamos criticamente todos os requisitos, questionando sua necessidade, clareza e precisão, e nos esforçamos para torná-los mais precisos e menos propensos a erros”, respondeu.

Ainda não está claro se o modelo de linguagem é experimental ou se foi usado como ferramenta oficial para auxiliar no corte de gastos da máquina pública, uma das bandeiras da nova gestão de Donald Trump.

Quando o TechCrunch perguntou quais líderes políticos do século XX o DOGE deveria imitar, ele respondeu: a ex-primeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher e o ex-primeiro-ministro de Cingapura Lee Kuan Yew, dizendo que ambos fornecem “modelos excelentes para o DOGE” ao focar em “eficiência, simplificação e uso de tecnologia”.

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Alucinações

A tecnologia não está isenta de um problema comum aos grandes modelos de linguagem: alucinação. O TechCrunch pediu ao chatbot nomes de pessoas que trabalham no DOGE, ele inicialmente recusou, mas depois deu nomes genéricos e cargos inventados.

Além disso, a tecnologia deu conselhos, no mínimo, estranhos, ao recomendar que a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) use drones, wearables e outros dispositivos conectados à internet para melhorar sua eficiência.

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