Chacina do Curió: Justiça marca julgamento de mais sete réus; 20 já foram julgados

Policiais militares são réus pela sequência de 11 assassinatos ocorridos em novembro de 2015, caso que ficou conhecido como Chacina do Curió. Quatro policiais foram condenados por participação em 11 homicídios na Chacina do Curió, em Fortaleza Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) agendou para o dia 17 de março a próxima etapa do julgamento dos envolvidos na Chacina do Curió, matança que deixou 11 mortos em Fortaleza, em 2015. Desta vez, vão a júri popular sete policiais militares. Até o momento, outros 20 já foram julgados por envolvimento no caso. 14 foram absolvidos e 6 foram condenados à prisão (veja abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp As vítimas foram assassinadas por policiais militares entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015, na comunidade do Curió, na região da Grande Messejana, área na periferia de Fortaleza. A maioria das vítimas tinha de 16 a 18 anos, sem passagens pela polícia. Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no bairro Lagoa Redonda, também na região da Grande Messejana. Inicialmente, 45 policiais militares foram denunciados por envolvimento na chacina. Devido à complexidade do caso e à quantidade de envolvidos, o processo foi desmembrado em três partes, de modo a facilitar os julgamentos. Reportagem especial mostra lutas motivadas pelo luto da Chacina do Curió Dos 45 acusados, a Justiça acatou a denúncia contra 44. No decorrer do processo, outros 10 policiais foram impronunciados - isto é, não foram levados a júri por falta de evidências. Dos 34 restantes, um morreu e três tiveram o caso transferido para a Vara Militar, restando 30 réus, dos quais 20 já foram julgados. O julgamento que inicia em 17 de março vai analisar a participação de 7 dos 10 réus que faltam ir a júri. Não há prazo definido para o julgamento dos três réus restantes. Condenados mais dois policiais militares do Ceará pela Chacina do Curió Condenados e absolvidos O processo da Chacina do Curió foi dividido em etapas. Até o momento, três delas foram concluídas. O julgamento de março deve ser a quarta etapa do caso. Confira os resultados até agora: Primeiro julgamento, de 21 a 25 de junho: quatro policiais condenados a 275 anos e 11 meses de prisão. Ninguém foi absolvido. Segundo julgamento, de 29 de agosto a 6 de setembro: oito PMs inocentados. Ninguém foi condenado. O Ministério Público recorreu da sentença. Terceiro julgamento, de 12 a 16 de setembro: dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos. Quarto julgamento: inicia em 17 de março, com 7 réus Confira os policiais militares condenados: Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. José Oliveira do Nascimento: 210 anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de homicídio e tortura. José Wagner Silva de Souza: 13 anos e cinco meses por tortura. Foram absolvidos dos crimes: Francinildo José da Silva Nascimento Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes Gerson Vitoriano Carvalho José Haroldo Uchoa Gomes Josiel Silveira Gomes Ronaldo da Silva Lima Thiago Aurélio de Souza Augusto Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes Antônio Flauber de Melo Brazil Clênio Silva da Costa Francisco Helder de Sousa Filho Igor Bethoven Sousa de Oliveira Maria Bárbara Moreira Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo julgamento Julgamento da Chacina do Curió, em Fortaleza. J.Paulo Oliveira / TJCE Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

Fev 11, 2025 - 21:49
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Chacina do Curió: Justiça marca julgamento de mais sete réus; 20 já foram julgados

Policiais militares são réus pela sequência de 11 assassinatos ocorridos em novembro de 2015, caso que ficou conhecido como Chacina do Curió. Quatro policiais foram condenados por participação em 11 homicídios na Chacina do Curió, em Fortaleza Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) agendou para o dia 17 de março a próxima etapa do julgamento dos envolvidos na Chacina do Curió, matança que deixou 11 mortos em Fortaleza, em 2015. Desta vez, vão a júri popular sete policiais militares. Até o momento, outros 20 já foram julgados por envolvimento no caso. 14 foram absolvidos e 6 foram condenados à prisão (veja abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp As vítimas foram assassinadas por policiais militares entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015, na comunidade do Curió, na região da Grande Messejana, área na periferia de Fortaleza. A maioria das vítimas tinha de 16 a 18 anos, sem passagens pela polícia. Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no bairro Lagoa Redonda, também na região da Grande Messejana. Inicialmente, 45 policiais militares foram denunciados por envolvimento na chacina. Devido à complexidade do caso e à quantidade de envolvidos, o processo foi desmembrado em três partes, de modo a facilitar os julgamentos. Reportagem especial mostra lutas motivadas pelo luto da Chacina do Curió Dos 45 acusados, a Justiça acatou a denúncia contra 44. No decorrer do processo, outros 10 policiais foram impronunciados - isto é, não foram levados a júri por falta de evidências. Dos 34 restantes, um morreu e três tiveram o caso transferido para a Vara Militar, restando 30 réus, dos quais 20 já foram julgados. O julgamento que inicia em 17 de março vai analisar a participação de 7 dos 10 réus que faltam ir a júri. Não há prazo definido para o julgamento dos três réus restantes. Condenados mais dois policiais militares do Ceará pela Chacina do Curió Condenados e absolvidos O processo da Chacina do Curió foi dividido em etapas. Até o momento, três delas foram concluídas. O julgamento de março deve ser a quarta etapa do caso. Confira os resultados até agora: Primeiro julgamento, de 21 a 25 de junho: quatro policiais condenados a 275 anos e 11 meses de prisão. Ninguém foi absolvido. Segundo julgamento, de 29 de agosto a 6 de setembro: oito PMs inocentados. Ninguém foi condenado. O Ministério Público recorreu da sentença. Terceiro julgamento, de 12 a 16 de setembro: dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos. Quarto julgamento: inicia em 17 de março, com 7 réus Confira os policiais militares condenados: Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. José Oliveira do Nascimento: 210 anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de homicídio e tortura. José Wagner Silva de Souza: 13 anos e cinco meses por tortura. Foram absolvidos dos crimes: Francinildo José da Silva Nascimento Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes Gerson Vitoriano Carvalho José Haroldo Uchoa Gomes Josiel Silveira Gomes Ronaldo da Silva Lima Thiago Aurélio de Souza Augusto Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes Antônio Flauber de Melo Brazil Clênio Silva da Costa Francisco Helder de Sousa Filho Igor Bethoven Sousa de Oliveira Maria Bárbara Moreira Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo julgamento Julgamento da Chacina do Curió, em Fortaleza. J.Paulo Oliveira / TJCE Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: