Cabos submarinos: existe uma ameaça à comunicação global
Uma ferramenta da China seria potente o suficiente para cortar linhas de comunicação a uma profundidade de até 4 mil metros O post Cabos submarinos: existe uma ameaça à comunicação global apareceu primeiro em Olhar Digital.

O número de casos de sabotagens em cabos submarinos aumentou nos últimos meses. E agora, uma revelação da China eleva as preocupações em relação aos riscos de um “apagão” nas comunicações globais.
O governo de Pequim anunciou o desenvolvimento de um dispositivo compacto de corte de cabos em alto-mar. Segundo Pequim, ele seria potente o suficiente para cortar linhas de comunicação a uma profundidade de até 4 mil metros.
As informações são do jornal South China Morning Post.
Ferramenta foi criada para uso em mineração no fundo do mar
- Desenvolvido pelo Centro de Pesquisa Científica de Navios da China e pelo Laboratório Estatal de Veículos Tripulados de Alto-Mar, a ferramenta foi projetada para cortar os chamados “cabos blindados”.
- Estas são linhas com bainhas de aço, borracha e polímero que compõem a esmagadora maioria das transmissões globais de dados.
- O cortador pode ser utilizado em veículos submersíveis avançados tripulados ou não tripulados.
- Embora tenha sido criado para salvamento civil e uso em mineração no fundo do mar, países do Ocidente temem que a ferramenta seja utilizada em sabotagens.

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Cabos submarinos têm sido alvo de sabotagens
Os cabos submarinos são responsáveis pela transferência de 99% de todos os dados digitais, sendo fundamentais para manter o mundo conectado. Atualmente, há 1,4 milhão de quilômetros destas estruturas no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.
Por ano, são registradas cerca de 200 falhas nesta enorme rede. A maioria delas (quase 80%) está relacionada a atividades humanas, como lançar âncoras ou redes de pesca de arrasto, que acabam ficando presas nos cabos. No entanto, os casos de sabotagem têm crescido.

Investigações recentes apontam que cabos foram danificados no Mar Báltico de forma proposital. Os países europeus acusam a Rússia de estar por trás destas ações. Esta seria uma forma de retaliação encontrada por Moscou em meio à guerra contra a Ucrânia.
O regime de Vladimir Putin, no entanto, nega as acusações e afirma que os países do Ocidente criam narrativas falsas. De qualquer forma, como a China é uma das principais aliadas da Rússia, isso aumenta as tensões globais.
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