Birras ou algo mais? Como identificar sinais de TDAH na infância

As birras fazem parte do universo infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções. Porém, quando os acessos de raiva são frequentes, intensos e desproporcionais, podem ser mais do que simples desafios do desenvolvimento — podem ser um indicativo de algo maior, como o Transtorno […]

Fev 21, 2025 - 23:19
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Birras ou algo mais? Como identificar sinais de TDAH na infância

Se seu filho apresenta birras frequentes, dificuldade de concentração, agitação excessiva ou outros sinais preocupantes, não hesite em buscar orientação médica – Juanmonino /iStock

As birras fazem parte do universo infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções. Porém, quando os acessos de raiva são frequentes, intensos e desproporcionais, podem ser mais do que simples desafios do desenvolvimento — podem ser um indicativo de algo maior, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Um estudo conduzido pela Universidade de Edimburgo apontou que crianças que apresentam explosões emocionais recorrentes podem ter dificuldades na regulação emocional, um dos possíveis sinais do TDAH. Isso acontece porque o transtorno não afeta apenas a atenção e a hiperatividade, mas também a capacidade de gerenciar sentimentos.

Crianças com TDAH tendem a ter um “pavio curto”, ou seja, se irritam facilmente e demoram mais para se acalmar depois de uma frustração. Segundo os pesquisadores, pequenos entre três e sete anos que enfrentam dificuldades constantes para controlar emoções intensas têm maior probabilidade de apresentar sintomas do transtorno na idade escolar.

Além das birras, esses pequenos podem demonstrar outros comportamentos, como tristeza, preocupação excessiva ou reações emocionais exageradas.

“A regulação emocional começa a ser desenvolvida desde cedo e se fortalece ao longo da infância. No entanto, algumas crianças adquirem essa habilidade mais lentamente, o que pode ser um indicativo de problemas no neurodesenvolvimento e na saúde mental. Monitorar esse processo pode nos ajudar a identificar quais crianças correm risco”, explicou a Dra. Aja Murray, líder do estudo.