Birras ou algo mais? Como identificar sinais de TDAH na infância
As birras fazem parte do universo infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções. Porém, quando os acessos de raiva são frequentes, intensos e desproporcionais, podem ser mais do que simples desafios do desenvolvimento — podem ser um indicativo de algo maior, como o Transtorno […]

As birras fazem parte do universo infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções. Porém, quando os acessos de raiva são frequentes, intensos e desproporcionais, podem ser mais do que simples desafios do desenvolvimento — podem ser um indicativo de algo maior, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Um estudo conduzido pela Universidade de Edimburgo apontou que crianças que apresentam explosões emocionais recorrentes podem ter dificuldades na regulação emocional, um dos possíveis sinais do TDAH. Isso acontece porque o transtorno não afeta apenas a atenção e a hiperatividade, mas também a capacidade de gerenciar sentimentos.
Crianças com TDAH tendem a ter um “pavio curto”, ou seja, se irritam facilmente e demoram mais para se acalmar depois de uma frustração. Segundo os pesquisadores, pequenos entre três e sete anos que enfrentam dificuldades constantes para controlar emoções intensas têm maior probabilidade de apresentar sintomas do transtorno na idade escolar.
- Estes 3 lugares perto de Paraty valem cada segundo da sua viagem
- Sintomas incomuns que indicam falta de vitamina B12
- Onda de calor: quem tem doença crônica precisa redobrar os cuidados
- IEL oferece 1,4 mil vagas de estágio com bolsas de até R$ 2,6 mil
Além das birras, esses pequenos podem demonstrar outros comportamentos, como tristeza, preocupação excessiva ou reações emocionais exageradas.
“A regulação emocional começa a ser desenvolvida desde cedo e se fortalece ao longo da infância. No entanto, algumas crianças adquirem essa habilidade mais lentamente, o que pode ser um indicativo de problemas no neurodesenvolvimento e na saúde mental. Monitorar esse processo pode nos ajudar a identificar quais crianças correm risco”, explicou a Dra. Aja Murray, líder do estudo.