Barroso diz que Brasil conseguiu percorrer 'todos os ciclos do atraso' em história marcada por 'quebra da legalidade'
Declaração foi dada durante abertura de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ministro relembrou os 40 anos da redemocratização do país. Ministro Luís Roberto Barroso na abertura de sessão do STF. Reprodução/TV Justiça O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse nesta quarta-feira (19) que a história do Brasil foi marcada por uma série de "tentativas de quebra da legalidade constitucional" e que o país conseguiu "percorrer todos os ciclos do atraso". Na abertura da sessão do Supremo, ao relembrar os 40 anos da redemocratização, Barroso fez um histórico de todas essas tentativas ao longo dos anos. Ele citou entre elas a Revolução 1930 e as duas tentativas de golpe contra Juscelino Kubitschek. Há exatos 40 anos, terminava a ditadura militar e iniciava-se a redemocratização do Brasil "A história do Brasil sempre fora a história da quebra da legalidade constitucional ou de sucessíveis tentativas de quebra da legalidade constitucional e nós conseguimos, nesses 40 anos, percorrer todos os ciclos do atraso e, apesar de um ou outro sobressalto mais recente, nós conseguimos preservar a institucionalidade", afirmou. Barroso também destacou que, nesse período, o Brasil alcançou estabilidade monetária e" expressiva inclusão social". Contudo, ponderou que o país ainda não atingiu um desenvolvimento econômico para enfrentar a pobreza. "Nesse momento em que há, eu diria, uma certa escuridão no horizonte global, penso que nós no Brasil podemos ser uma luz que possa iluminar esses caminhos", prosseguiu. Neste sábado (15), o Brasil completou 40 anos do início da redemocratização, depois de 21 anos de ditadura militar. Em 15 de março de 1985, José Sarney tomava posse interinamente como presidente da República, uma vez que Tancredo Neves, presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, estava hospitalizado. O maranhense foi eleito vice de Tancredo. Essa posse é um marco no processo de redemocratização do Brasil, já que um civil voltava à presidência do país – o último antes de Sarney havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.


Declaração foi dada durante abertura de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ministro relembrou os 40 anos da redemocratização do país. Ministro Luís Roberto Barroso na abertura de sessão do STF. Reprodução/TV Justiça O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse nesta quarta-feira (19) que a história do Brasil foi marcada por uma série de "tentativas de quebra da legalidade constitucional" e que o país conseguiu "percorrer todos os ciclos do atraso". Na abertura da sessão do Supremo, ao relembrar os 40 anos da redemocratização, Barroso fez um histórico de todas essas tentativas ao longo dos anos. Ele citou entre elas a Revolução 1930 e as duas tentativas de golpe contra Juscelino Kubitschek. Há exatos 40 anos, terminava a ditadura militar e iniciava-se a redemocratização do Brasil "A história do Brasil sempre fora a história da quebra da legalidade constitucional ou de sucessíveis tentativas de quebra da legalidade constitucional e nós conseguimos, nesses 40 anos, percorrer todos os ciclos do atraso e, apesar de um ou outro sobressalto mais recente, nós conseguimos preservar a institucionalidade", afirmou. Barroso também destacou que, nesse período, o Brasil alcançou estabilidade monetária e" expressiva inclusão social". Contudo, ponderou que o país ainda não atingiu um desenvolvimento econômico para enfrentar a pobreza. "Nesse momento em que há, eu diria, uma certa escuridão no horizonte global, penso que nós no Brasil podemos ser uma luz que possa iluminar esses caminhos", prosseguiu. Neste sábado (15), o Brasil completou 40 anos do início da redemocratização, depois de 21 anos de ditadura militar. Em 15 de março de 1985, José Sarney tomava posse interinamente como presidente da República, uma vez que Tancredo Neves, presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, estava hospitalizado. O maranhense foi eleito vice de Tancredo. Essa posse é um marco no processo de redemocratização do Brasil, já que um civil voltava à presidência do país – o último antes de Sarney havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.