Balenciaga desafia convenções com novo modelo “barefoot” (em que parece mesmo que está descalço)
Na sua última criação antes de se despedir da Balenciaga — a caminho da Gucci — Demna Gvasalia assina mais um design excêntrico que promete dividir opiniões.


Na sua última criação antes de se despedir da Balenciaga — a caminho da Gucci — Demna Gvasalia assina mais um design excêntrico que promete dividir opiniões. Conhecido por modelos robustos como os Triple S, Cargo e 3XL, o diretor criativo fecha um ciclo na maison com propostas minimalistas, numa ode ao conforto extremo: os ténis que imitam meias e os modelos impressos em 3D que seguem a lógica do calçado descalço.
A marca, longe de se limitar à estética tradicional, volta a provocar o setor ao colocar a funcionalidade e o bem-estar no centro do debate. A proposta é clara: retomar a essência do calçado, aproximando-se ao máximo da sensação de andar descalço — um conceito já popular entre corredores e apoiado por especialistas em saúde.
Assim, para esta temporada, a Balenciaga apresenta o Sock, uma meia de malha com efeito desgastado e sola minimalista. No outono, será a vez do Zero, um modelo ultraleve com sola impressa em 3D que se fixa ao pé. A marca volta assim a explorar o universo dos “barefoot shoes”, já testado em 2017 com o Speed Trainer, uma versão mais moderada da mesma filosofia.
A tendência, antes de nicho, ganha agora tração no segmento premium. De acordo com a Allied Market Research, o mercado de calçados descalços deverá atingir os 800 milhões de dólares até 2031 — um aumento de 41% face aos níveis atuais. E Demna, mesmo após sua saída, deverá manter influência neste crescimento.