Empresa alemã acusa Google de prejudicar meios europeus com nova política de SEO

A empresa alemã Meraki Group GmbH apresentou uma queixa à Comissão Europeia contra a nova política da Google, acusando a gigante tecnológica de penalizar injustamente sites de comunicação social e outros parceiros de conteúdo.

Abr 15, 2025 - 20:01
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Empresa alemã acusa Google de prejudicar meios europeus com nova política de SEO

A empresa alemã Meraki Group GmbH apresentou uma queixa à Comissão Europeia contra a nova política da Google, acusando a gigante tecnológica de penalizar injustamente sites de comunicação social e outros parceiros de conteúdo. A denúncia junta-se a uma onda crescente de críticas à política de “site reputation abuse”, lançada em março de 2023 pela Alphabet, empresa-mãe da Google, com o objetivo de combater práticas conhecidas como “parasite SEO”.

De acordo com a agência Reuters, a Meraki defende que a medida “penaliza sites” e pediu ação imediata por parte das autoridades europeias. “A Google continua a definir unilateralmente as regras para fazer negócios online a seu favor, preferindo as suas próprias ofertas comerciais e privando os concorrentes de qualquer visibilidade. Está na hora de acabar com isto de forma eficaz”, afirmou Thomas Hoppner, advogado da Meraki.

A política em causa pretende travar a publicação de páginas de terceiros em sites com elevada reputação para manipular os resultados de pesquisa, uma prática que, segundo a Google, “leva a uma má experiência de pesquisa para os utilizadores”. Um porta-voz da empresa sublinhou que a aplicação das regras é feita “através de um processo de revisão cuidadoso”, que inclui uma “reavaliação bem definida para os proprietários de sites afetados”.

A Meraki não está sozinha. O European Publishers Council, a European Newspaper Publishers Association e a European Magazine Media Association enviaram esta semana uma carta conjunta à Comissão Europeia, em que pediam ação regulatória. Os grupos denunciam penalizações manuais pouco transparentes e uma aplicação inconsistente das políticas da Google, o que, alegam, tem prejudicado o tráfego e as receitas de sites em países como França, Alemanha, Itália, Polónia e Espanha, desde a entrada em vigor das novas regras, em janeiro.