Baixo acesso a saneamento no Piauí envergonha, diz governador

Rafael Fonteles afirma que a precarização do serviço no Estado é uma "chaga histórica"; segundo o IBGE, só 18% da população tem esgoto

Abr 20, 2025 - 15:51
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Baixo acesso a saneamento no Piauí envergonha, diz governador

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), afirmou que o baixo acesso ao saneamento básico em seu Estado é uma “chaga histórica” que o envergonha.

Segundo o Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, só 18% das residências do Piauí tinham coleta de esgoto. Os dados foram divulgados em 23 de fevereiro de 2024.

Assista (1min54s):

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O Piauí é considerado o 4º Estado brasileiro com o pior acesso a saneamento básico. Segundo os dados de 2022, há 872.950 domicílios sem rede de esgoto. O Estado nordestino está abaixo da média regional e nacional. 

“Esse indicador de 18% realmente nos envergonha”, afirmou Fonteles. É tanto uma prioridade que nós conseguimos fazer um leilão para concessão à iniciativa privada do serviço de água e esgoto”.

O governador se refere à capital do Estado. Em 2017, a concessionária Águas de Teresina assumiu a gestão dos serviços públicos de coleta e tratamento de esgoto. A operação foi negociada por R$ 1.731.583,00. O contrato tem duração até 2048. Segundo a empresa, o patamar de cobertura de 19% em Teresina avançou para 60% desde que assumiu a operação.

Fonteles afirma que a mesma taxa de crescimento deve reverberar no interior do Piauí. Em outubro do ano passado, a Aegea venceu a licitação no Estado. Fornecerá os serviços de água e esgoto em 224 municípios por 35 anos. O investimento nos primeiros 10 anos de operação é de R$ 8,6 bilhões.

“Esperamos sair desse patamar de 18% para 90%, que é o que determina o novo Marco Legal do Saneamento”, declarou Fonteles.

Assista à íntegra (22min15s):


Esta reportagem foi escrita pelos trainees de jornalismo Hadass Leventhal e Pedro Linguitte sob a supervisão da editora Amanda Garcia.