Bain revela que 80% dos consumidores dependem de resultados escritos por IA para pelo menos 40% das suas pesquisas

O relatório “Goodbye Clicks, Hello AI Zero Click Search” que a Bain & Company divulga hoje revela que 80% dos consumidores agora dependem de resultados escritos por IA para pelo menos 40% das suas pesquisas, reduzindo o tráfego orgânico na web entre 15% a 25%.

Fev 19, 2025 - 19:12
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Bain revela que 80% dos consumidores dependem de resultados escritos por IA para pelo menos 40% das suas pesquisas

O relatório “Goodbye Clicks, Hello AI Zero Click Search” que a Bain & Company divulga hoje revela que 80% dos consumidores agora dependem de resultados escritos por IA para pelo menos 40% das suas pesquisas, reduzindo o tráfego orgânico na web entre 15% a 25%.

O uso crescente dos motores de busca com Inteligência Artificial (IA) e dos resumos gerados automaticamente revolucionou o comportamento tradicional de pesquisa online, pois por disponibilizarem as respostas diretamente nas páginas dos resultados, eliminam a necessidade de os utilizadores clicarem para abrir outro site, revela a consultora.

Existem duas mudanças-chave que impulsionam esta transformação no comportamento de pesquisa, segundo a Bain & Company que apurou que 60% das pesquisas terminam agora sem os utilizadores clicarem para outro site. Mesmo entre os utilizadores céticos em relação à IA generativa, cerca de metade relatam que a maioria das suas consultas são respondidas diretamente na página de pesquisa, sem clicar em nenhum link.

A segunda mudança é a a ascensão dos grandes modelos de linguagem (LLM), como chatbots alimentados por IA, como alternativas às plataformas de pesquisa. Os dados da Bain & Company demonstram que cerca de 68% dos utilizadores de LLM dependem destas plataformas para pesquisar, reunir e resumir informações. Cerca de 48% usam-nas para aceder às últimas notícias e à meteorologia, e 42% pedem recomendações de compras.

“Durante anos, os marketeers digitais têm-se focado na otimização de rankings de motores de busca para impulsionar a projeção da marca e o tráfego para os seus sites”, refere Natasha Sommerfeld, partner das práticas de Tecnologia & Serviços na Cloud e de Cliente da Bain & Company. “Agora, os resultados de pesquisa gerados por IA estão a alterar o paradigma, e a otimização para SEO já não é suficiente. As marcas precisam de evoluir ou arriscam perder visibilidade na jornada do cliente e controlo sobre o posicionamento da sua marca, numa realidade em que os cliques tradicionais estão a desaparecer.”

A pesquisa da Bain & Company delineia três estratégias chave para os marketeers adaptarem para permanecerem competitivos nesta nova era de pesquisa online. A primeira passa pela otimização para a rastreabilidade por IA: adaptar o conteúdo para a pesquisa semântica, enfatizando termos longos e de alta intenção (High-Intent Keywords).

A segunda passa por diversificar formatos de conteúdo. Ir além do texto. Usar vídeos e formatos interativos para aumentar a visibilidade na pesquisa por IA generativa.

A terceira passa por redefinir métricas. Mudar de métricas focadas em cliques para medir impressões de pesquisa e alcance de IA. Otimizar para influência sobre conversões diretas.