Auditores do Fisco criticam nomes de SP para comitê gestor de novo imposto
Entidades reivindicavam a indicação de um auditor fiscal de carreira para ao menos um dos cargos no conselho superior encarregado da gestão do IBS

Seis entidades representativas de carreiras do Fisco criticaram, em nota pública, a decisão do governo Tarcísio de Freitas de indicar o secretário da Fazenda e Planejamento, Samuel Kinoshita, e seu número 2 na pasta, Rogerio Campos, para representar o estado de São Paulo no conselho superior do comitê gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), criado pela reforma tributária.
As entidades reivindicavam a indicação de um auditor fiscal de carreira para ao menos um dos cargos.
“O que está em jogo aqui não é uma disputa corporativa, mas, sim, a defesa da qualidade técnica e da legitimidade institucional de um órgão que será vital para o sucesso da reforma tributária”, afirma o presidente da Associação Nacional de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Rodrigo Spada.
“O compromisso da Febrafite é com um modelo que fortaleça o pacto federativo e assegure que decisões estratégicas estejam nas mãos de quem compreende a fundo a complexidade da arrecadação pública”, acrescenta.
O conselho superior é o órgão máximo do comitê gestor do IBS, estrutura criada para fazer a gestão e distribuição do imposto sobre o consumo criado pela reforma tributária. São Paulo foi o único estado a não indicar um auditor fiscal de carreira para uma das duas vagas a que cada estado tem direito.