1ª espécie de dinossauros terópodes com sacos aéreos é descoberta na Argentina

Uma equipe internacional de arqueólogos e paleontólogos descobriu a primeira evidência de sacos aéreos em um fóssil de dinossauro encontrado em um sítio argentino.

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Em um estudo publicado no último dia 2 de abril, os cientistas argentinos, norte-americanos e chineses revelaram que as cavidades de ar nos ossos do dinossauro argentino da família de terópodes dos alvarezsauridae se assemelham aos sacos aéreos dos pássaros modernos.

Essas cavidades, que fazem parte dos ossos pneumáticos, reduzem o peso do esqueleto e otimizam a eficiência respiratória em mamíferos e pássaros.

Anteriormente, cientistas já haviam descoberto a presença dessa característica em outros dinossauros, como pterossauros e arcossauros.

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No entanto, a presença dos sacos aéreos no dinossauro argentino que viveu há 70 milhões de anos é a primeira vez que a característica é vista em terópodes.

A equipe de cientistas argentinos do Museu de Ciências Naturais da Patagônia escavavam a Formação Allen, cujos estratos datam do Cretáceo Superior, quando encontraram fósseis de vários dinossauros da família Alvarezsauridae.

Com a ajuda de cientistas chineses, os paleontólogos argentinos liderados por Jorge Meso, que elaborou o clado da família Alvarezsauridae, realizaram tomografias computadorizadas nos fósseis.

Além disso, os pesquisadores compararam os resultados com tomografias de fósseis de vertebrados, revelando uma conexão com os sistemas respiratórios de dinossauros.

Desse modo, os paleontólogos identificaram uma semelhança no sistema respiratório do dinossauro argentino com os dos pássaros, sobretudo a função dos sacos aéreos se estenderem nos ossos para melhorar a respiração.

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As tomografias mostraram espaços de ar interconectados, indicando que alguns dinossauros tinham vantagens fisiológicas, sobretudo na distribuição de oxigênio.

Além disso, apesar da estrutura óssea ser diferente, o padrão dos ossos pneumáticos, conforme o estudo, oferecem insights importantes sobre a biologia dos dinossauros.

Tomografia mostra cavidades de ar nos ossos do dinossauro. Imagem: Jorge Meso/Divulgação

Um desses insights, aliás, é a presença de cavidades de ar nos ossos da cauda do dinossauro argentino, que, além de similares aos sacos aéreos dos pássaros, não são comuns em outras espécies.

Os cientistas descobriram que os sacos aéreos dos dinossauros se estendiam até o meio da cauda. A novidade levanta questões sobre como esses animais se movimentavam e respiravam.

Isso porque essa maior distribuição de sacos aéreos sugerem que a anatomia respiratória dos dinossauros era mais complexa do que se acreditava.

O estudo destaca que os ossos pneumáticos evoluíram diferentemente entre os grupos de dinossauros.

Por isso, os cientistas destacam a necessidade de mais escavações e estudos com tomografia para determinar a extensão dessa característica em outras espécies de dinossauros.

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