Arquitetura antes do código: como planejar te faz codificar com confiança
"O código perfeito não nasce do acaso, mas de um plano bem estruturado" Durante meus estudos, algumas imersões, descobri que a maior revolução no desenvolvimento não está nas linhas de código, mas no planejamento estratégico que as antecede. Neste artigo, vou detalhar como organizar ideias, definir problemas e desenhar arquiteturas antes de codificar transformou um projeto simples (um sistema de cadastro de eventos) em uma experiência de aprendizado estruturada e eficiente. Índice Antes do Código: A Arte de Definir o Problema Organizando ideias: Do caos à Clareza Desenhando a Arquitetura: O Blueprint do Projeto Codificando com Propósito: Do Diagrama à Prática Lições Aprendidas (e Como Você Pode Aplicar) Conclusão: Por que Planejar Vale a Pena? Bônus: Checklist Pré-Codificação 1. Antes do Código: A Arte de Definir o Problema Muitos desenvolvedores que estão iniciando na carreira pulam esta etapa, mas é aqui que a mágica começa. Escreva o problema claramente: Exemplo: "Preciso de um sistema para cadastrar eventos, com datas, locais e participantes, garantindo que os dados sejam persistidos e acessíveis via API." Isso evita escopo aberto e direciona as decisões técnicas. Liste requisitos funcionais e não funcionais: Funcionais: Cadastro de eventos, integração com banco de dados, endpoints REST. Não funcionais: Performance (resposta em < 2s), segurança (autenticação futura), escalabilidade. Valide com stakeholders: Mesmo em projetos pessoais, simule perguntas como: "O que é essencial para a versão 1.0?" 2. Organizando Ideias: Do Caos à Clareza Antes de abrir o IDE, organize suas ideias em camadas. Separe responsabilidades: Frontend: Interface do usuário. Backend: Lógica de negócio, APIs. Banco de Dados: Modelagem de tabelas. Use ferramentas visuais (Draw.io/FigJam): No projeto, desenhamos um diagrama com: Isso ajudou a visualizar o fluxo de dados e como estruturar minhas pastas antes mesmo de codificar. 3. Desenhando a Arquitetura: O Blueprint do Projeto Aqui entra o Spring Boot, mas com propósito! Spring Boot vs Spring Framework: Spring Boot: Foco em configuração automática (embedded Tomcat, starters), Spring Framework: Controle manual de dependências (ideal para projetos complexos). Camadas da aplicação (em detalhes): 1.Controller: Responsável por receber requisições HTTP. Anotações: @RestController, @RequestMapping 2.Service: Lógica de negócio (validações, regras). Anotação: @Service. 3.Repository: Comunicação com o banco (JPA/Hibernate). Anotação: @Repository 4.Model: Entidades do banco (ex: Evento com id, nome, data). MySQL + JPA: Configuração simplificada via application.properties. User @Querypara consultas personalizadas. 4. Codificando com Propósito: Do Diagrama à Prática Com o plano pronto, codificar virou execução, não adivinhação. Exemplo de fluxo: // Model @Table(name = "tbl_event") @Entity public class Event { @Id @GeneratedValue(strategy = GenerationType.IDENTITY) @Column(name = "event_id") private Integer eventId; @Column(name = "title", length = 255, nullable = false) private String title; @Column(name = "pretty_name", length = 50, nullable = false, unique = true) private String prettyName; @Column(name = "location", length = 255, nullable = false) private String location; @Column(name = "price", nullable = false) private Double price; @Column(name = "start_date") private LocalDate startDate; @Column(name = "end_date") private LocalDate endDate; @Column(name = "start_time") private LocalTime startTime; @Column(name = "end_time") private LocalTime endTime; // Repository public interface EventRepository extends CrudRepository { public Event findByPrettyName(String prettyName); } // Service @Service public class EventService { @Autowired private EventRepository eventRepository; public Event addNewEvent(Event event) { event.setPrettyName(event.getTitle().toLowerCase().replaceAll(" ", "-")); return eventRepository.save(event); } public List getAllEvents() { return (List) eventRepository.findAll(); } public Event getEventByPrettyName(String prettyName) { return eventRepository.findByPrettyName(prettyName); } } // Controller @RestController public class EventController { @Autowired private EventService eventService; @PostMapping("/events") public Event addNewEvent(@RequestBody Event newEvent) { return eventService.addNewEvent(newEvent); } @GetMapping("/events") public List getAllEvents() { return eventService.getAllEvents(); } @GetMapping("/events/{prettyName}") public ResponseEntity getEventByPrettyName(@PathVariable String prettyName) { Event event = eventService.getEventByPrettyName(prettyName); if (event != null) { return ResponseEntity.ok().b

"O código perfeito não nasce do acaso, mas de um plano bem estruturado"
Durante meus estudos, algumas imersões, descobri que a maior revolução no desenvolvimento não está nas linhas de código, mas no planejamento estratégico que as antecede. Neste artigo, vou detalhar como organizar ideias, definir problemas e desenhar arquiteturas antes de codificar transformou um projeto simples (um sistema de cadastro de eventos) em uma experiência de aprendizado estruturada e eficiente.
Índice
- Antes do Código: A Arte de Definir o Problema
- Organizando ideias: Do caos à Clareza
- Desenhando a Arquitetura: O Blueprint do Projeto
- Codificando com Propósito: Do Diagrama à Prática
- Lições Aprendidas (e Como Você Pode Aplicar)
- Conclusão: Por que Planejar Vale a Pena?
- Bônus: Checklist Pré-Codificação
1. Antes do Código: A Arte de Definir o Problema
Muitos desenvolvedores que estão iniciando na carreira pulam esta etapa, mas é aqui que a mágica começa.
Escreva o problema claramente:
Exemplo: "Preciso de um sistema para cadastrar eventos, com datas, locais e participantes, garantindo que os dados sejam persistidos e acessíveis via API."
Isso evita escopo aberto e direciona as decisões técnicas.
Liste requisitos funcionais e não funcionais:
- Funcionais: Cadastro de eventos, integração com banco de dados, endpoints REST.
- Não funcionais: Performance (resposta em < 2s), segurança (autenticação futura), escalabilidade.
Valide com stakeholders:
Mesmo em projetos pessoais, simule perguntas como: "O que é essencial para a versão 1.0?"
2. Organizando Ideias: Do Caos à Clareza
Antes de abrir o IDE, organize suas ideias em camadas.
Separe responsabilidades:
- Frontend: Interface do usuário.
- Backend: Lógica de negócio, APIs.
- Banco de Dados: Modelagem de tabelas.
Use ferramentas visuais (Draw.io/FigJam):
No projeto, desenhamos um diagrama com:
Isso ajudou a visualizar o fluxo de dados e como estruturar minhas pastas antes mesmo de codificar.
3. Desenhando a Arquitetura: O Blueprint do Projeto
Aqui entra o Spring Boot, mas com propósito!
Spring Boot vs Spring Framework:
- Spring Boot: Foco em configuração automática (embedded Tomcat, starters),
- Spring Framework: Controle manual de dependências (ideal para projetos complexos).
Camadas da aplicação (em detalhes):
1.Controller:
- Responsável por receber requisições HTTP.
- Anotações:
@RestController, @RequestMapping
2.Service:
- Lógica de negócio (validações, regras).
- Anotação:
@Service
.3.Repository:
- Comunicação com o banco (JPA/Hibernate).
- Anotação:
@Repository
4.Model:
- Entidades do banco (ex:
Evento
comid
,nome
,data
).
MySQL + JPA:
- Configuração simplificada via
application.properties
. - User
@Query
para consultas personalizadas.
4. Codificando com Propósito: Do Diagrama à Prática
Com o plano pronto, codificar virou execução, não adivinhação.
Exemplo de fluxo:
// Model
@Table(name = "tbl_event")
@Entity
public class Event {
@Id
@GeneratedValue(strategy = GenerationType.IDENTITY)
@Column(name = "event_id")
private Integer eventId;
@Column(name = "title", length = 255, nullable = false)
private String title;
@Column(name = "pretty_name", length = 50, nullable = false, unique = true)
private String prettyName;
@Column(name = "location", length = 255, nullable = false)
private String location;
@Column(name = "price", nullable = false)
private Double price;
@Column(name = "start_date")
private LocalDate startDate;
@Column(name = "end_date")
private LocalDate endDate;
@Column(name = "start_time")
private LocalTime startTime;
@Column(name = "end_time")
private LocalTime endTime;
// Repository
public interface EventRepository extends CrudRepository {
public Event findByPrettyName(String prettyName);
}
// Service
@Service
public class EventService {
@Autowired
private EventRepository eventRepository;
public Event addNewEvent(Event event) {
event.setPrettyName(event.getTitle().toLowerCase().replaceAll(" ", "-"));
return eventRepository.save(event);
}
public List getAllEvents() {
return (List) eventRepository.findAll();
}
public Event getEventByPrettyName(String prettyName) {
return eventRepository.findByPrettyName(prettyName);
}
}
// Controller
@RestController
public class EventController {
@Autowired
private EventService eventService;
@PostMapping("/events")
public Event addNewEvent(@RequestBody Event newEvent) {
return eventService.addNewEvent(newEvent);
}
@GetMapping("/events")
public List getAllEvents() {
return eventService.getAllEvents();
}
@GetMapping("/events/{prettyName}")
public ResponseEntity getEventByPrettyName(@PathVariable String prettyName) {
Event event = eventService.getEventByPrettyName(prettyName);
if (event != null) {
return ResponseEntity.ok().body(event);
}
return ResponseEntity.notFound().build();
}
}
5. Lições Aprendidas (e Como Você Pode Aplicar)
Documente decisões técnicas:
Crie umREADME.md
com porquês (ex: "Escolhemos Spring Boot para agilizar a configuração").Refatore sem medo:
O planejamento reduziu retrabalho, mas ajustes são normais. Ex: otimizamos queries após analisar logs.Ferramentas que salvam:
- Draw.io para diagramas
- Postman para testar APIs durante o desenvolvimento
6. Conclusão: Por que Planejar Vale a Pena?
Planejar a arquitetura e organizar ideias não é "perda de tempo" – é ganho de eficiência. No projeto, evitamos:
- Classes "Deus" (com responsabilidades demais).
- Acoplamento excessivo entre camadas.
- Surpresas na integração com o banco.
E você? Já usou alguma técnica de planejamento que mudou sua forma de codar? Compartilhe nos comentários!