Virgilio Martínez: “Vamos destacar como bem maior o bem comum”
É hoje, no Porto, a conferência que traz a Portugal Virgilio Martínez. Peruano e dono de um restaurante que tem sido notícia pelo mundo inteiro, Virgilio é conhecido por utilizar ingredientes indígenas e por ter uma abordagem sustentável que nos pretende não só reconciliar com a terra, mas também garantir um futuro mais equilibrado.

Redefine o estado das coisas, quer apresentar uma terminologia diferente que pudesse deixar claro ao observador que estava perante algo de único. Único em território para mapear, em histórias para registar, em materiais para sentir e em inputs para consumir. As palavras ecossistema, território, reciprocidade, comunidade, imersão, nível, vertical e horizontal, altitude… são combinadas com ingredientes inusitados, tais como plantas medicinais e tintureiras, raízes, tubérculos, leguminosas que crescem a 4000 metros, carne de auquénidos, cascas de árvores amazónicas, peixes de água doce, entre centenas de outros. Todos pertencentes a habitats desconhecidos.
Tudo isto conecta o que é nosso, a nossa ancestralidade, com a modernidade e o mundo contemporâneo.
Sustentabilidade tem vários significados, quais os que considera mais relevantes?
Hoje pensamos que os critérios a trabalhar devem centrar-se designadamente nas áreas mais frágeis e sensíveis, procurando ser autênticos e verdadeiros, trabalhando para o bem comum, no prazo infinito, e com todos os critérios holísticos de modo a garantir processos verdadeiros, autenticar realidades nas formas de consumo e certificar processos.