Vídeo: Cid diz que Braga Netto e Wajngarten tentaram obter ilegalmente conteúdo de depoimentos

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que ambos tentaram contato com familiares dele, como o pai e a esposa. Depoimento, gravado em vídeo, foi prestado em 5 de dezembro de 2024. Braga Netto e Wajngarten tentaram obter informações sobre depoimentos, diz Mauro Cid O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse que o ex-ministro general Braga Netto e o advogado Fabio Wajngarten tentaram obter informações privilegiadas sobre os primeiros depoimentos que ele prestou no âmbito do acordo de delação premiada com a Polícia Federal (veja no vídeo acima). Segundo Cid, ambos fizeram contato com familiares dele, incluindo a esposa e o pai. A informação consta em vídeo gravado em 5 de dezembro de 2024, durante outro depoimento prestado pelo tenente-coronel à PF. Tenente-coronel Mauro Cid na CLDF. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO ➡️O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tornou públicos vídeos da delação premiada de Cid nesta quinta-feira (20). Contudo, a gravação que implica Braga Netto e Fabio Wajngarten, que foi secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), só foi disponibilizado pelo STF nesta sexta-feira (21) — embora não estivesse mais sob sigilo. ➡️A transcrição desse mesmo depoimento já tinha sido divulgada nesta quarta-feira (19), quando Moraes derrubou o sigilo do documento sobre o caso. "Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração, naquele período, onde não só ele [Braga Netto] como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado", afirmou Cid na ocasião. "Faziam um contato com o meu pai [general Mauro Lourena Cid], tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, aí não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado", prosseguiu. Segundo Cid, essas tentativas eram feitas por telefone, por conta da distância entre cidades. "Talvez intermediários pudessem estar tentando chegar perto de mim, até para tentar entender o que eu falei, mas como eu não podia falar, eu meio que desconversava e tentava ir por outros caminhos, porque eu não podia revelar o que foi falar", frisou o tenente-coronel. A defesa de Braga Netto, inclusive, pediu oficialmente ao STF acesso ao teor da delação premiada — o que foi negado pela Corte. Cid citou ainda o nome do ex-secretário de Comunicação da Presidência entre as pessoas que tentavam conseguir os dados. "Outros que tentaram fazer contato com meu pai foi o Fabio Wajngarten. Ele tentou até ligar para minha esposa também, eu acho, para saber o que eu tinha falado", afirmou o tenente-coronel. Questionado se Wajngarten também tinha feito contato com o general Mauro Lourena Cid, pai dele, Mauro Cid respondeu positivamente. "Isso, isso. Para entender o que eu tinha falado, como estava funcionando o acordo de colaboração", responde o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Fev 21, 2025 - 19:56
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Vídeo: Cid diz que Braga Netto e Wajngarten tentaram obter ilegalmente conteúdo de depoimentos

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que ambos tentaram contato com familiares dele, como o pai e a esposa. Depoimento, gravado em vídeo, foi prestado em 5 de dezembro de 2024. Braga Netto e Wajngarten tentaram obter informações sobre depoimentos, diz Mauro Cid O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse que o ex-ministro general Braga Netto e o advogado Fabio Wajngarten tentaram obter informações privilegiadas sobre os primeiros depoimentos que ele prestou no âmbito do acordo de delação premiada com a Polícia Federal (veja no vídeo acima). Segundo Cid, ambos fizeram contato com familiares dele, incluindo a esposa e o pai. A informação consta em vídeo gravado em 5 de dezembro de 2024, durante outro depoimento prestado pelo tenente-coronel à PF. Tenente-coronel Mauro Cid na CLDF. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO ➡️O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tornou públicos vídeos da delação premiada de Cid nesta quinta-feira (20). Contudo, a gravação que implica Braga Netto e Fabio Wajngarten, que foi secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), só foi disponibilizado pelo STF nesta sexta-feira (21) — embora não estivesse mais sob sigilo. ➡️A transcrição desse mesmo depoimento já tinha sido divulgada nesta quarta-feira (19), quando Moraes derrubou o sigilo do documento sobre o caso. "Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração, naquele período, onde não só ele [Braga Netto] como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado", afirmou Cid na ocasião. "Faziam um contato com o meu pai [general Mauro Lourena Cid], tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, aí não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado", prosseguiu. Segundo Cid, essas tentativas eram feitas por telefone, por conta da distância entre cidades. "Talvez intermediários pudessem estar tentando chegar perto de mim, até para tentar entender o que eu falei, mas como eu não podia falar, eu meio que desconversava e tentava ir por outros caminhos, porque eu não podia revelar o que foi falar", frisou o tenente-coronel. A defesa de Braga Netto, inclusive, pediu oficialmente ao STF acesso ao teor da delação premiada — o que foi negado pela Corte. Cid citou ainda o nome do ex-secretário de Comunicação da Presidência entre as pessoas que tentavam conseguir os dados. "Outros que tentaram fazer contato com meu pai foi o Fabio Wajngarten. Ele tentou até ligar para minha esposa também, eu acho, para saber o que eu tinha falado", afirmou o tenente-coronel. Questionado se Wajngarten também tinha feito contato com o general Mauro Lourena Cid, pai dele, Mauro Cid respondeu positivamente. "Isso, isso. Para entender o que eu tinha falado, como estava funcionando o acordo de colaboração", responde o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.