Vacina contra Alzheimer dá mais um passo que pode revolucionar o tratamento

Uma nova esperança surge no combate ao Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão mais próximos de iniciar os testes clínicos em humanos de uma vacina experimental promissora, que tem como alvo a proteína tau — um dos principais agentes envolvidos no avanço da doença. A novidade representa um […]

Mai 7, 2025 - 12:22
 0
Vacina contra Alzheimer dá mais um passo que pode revolucionar o tratamento

Uma nova esperança surge no combate ao Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão mais próximos de iniciar os testes clínicos em humanos de uma vacina experimental promissora, que tem como alvo a proteína tau — um dos principais agentes envolvidos no avanço da doença. A novidade representa um avanço significativo na busca por uma abordagem mais eficaz na prevenção e no tratamento do Alzheimer.

A pesquisa, publicada na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, mostra que a vacina gerou uma forte resposta imunológica em camundongos e primatas, o que indica segurança e eficácia suficientes para o próximo passo: os testes clínicos em humanos.

Por que a proteína tau é o novo alvo?

Tradicionalmente, os tratamentos contra o Alzheimer têm focado na redução do acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. No entanto, os resultados têm sido modestos, com pouca influência real na progressão da doença. Por isso, muitos especialistas voltam seus olhos agora para a proteína tau, que em sua forma anormal (hiperfosforilada) forma os emaranhados neurofibrilares, um dos principais marcadores do Alzheimer.

Ao atacar a tau modificada, a nova vacina visa prevenir sua disseminação entre os neurônios, protegendo as funções cognitivas antes que o dano se torne irreversível.

Em testes com animais, vacina estimulou uma boa resposta imunológica e reduzir os emaranhados da proteína tau no cérebro

Como funciona a vacina contra Alzheimer

A vacina utiliza uma plataforma inovadora de partículas semelhantes a vírus (VLPs). Esses VLPs são estruturas virais sem material genético, o que os torna inofensivos, mas eficazes em estimular o sistema imunológico. Fragmentos da proteína tau alterada (especificamente a região pT181) são fixados nessas partículas, induzindo o organismo a produzir anticorpos contra essa versão tóxica da proteína.