Universo primitivo será mapeado por país europeu
Projeto RadioLuna vai detectar sinais que são quase impossíveis de serem identificados devido à interferência de rádio causada pelo homem O post Universo primitivo será mapeado por país europeu apareceu primeiro em Olhar Digital.

A Agência Espacial Italiana fechou um acordo com a Blue Skies Space Italia, empresa especializada no fornecimento de dados de ciência espacial, para lançar uma frota de satélites na órbita da Lua com o objetivo de mapear o Universo primitivo.
O projeto RadioLuna vai detectar sinais que são quase impossíveis de serem identificados devido à interferência de rádio causada pelo homem.
Os sinais vêm de uma época anterior à formação das primeiras estrelas, quando o Universo consistia principalmente de gás hidrogênio, e chegam na faixa de rádio FM. O primeiro satélite será lançado em outubro de 2025.
“Graças à proteção fornecida pela Lua, que fornece um refúgio do ruído de rádio da Terra, os satélites nos permitirão estudar uma peça que falta no quebra-cabeça da nossa compreensão da evolução do Universo jovem”, diz o comunicado.

Qual é o objetivo final?
O projeto quer atestar a viabilidade do uso de CubeSats simples e de baixo custo equipados com componentes comerciais prontos para uso na órbita lunar.
A Blue Skies espera usar a infraestrutura para garantir o posicionamento correto de satélites de observação astronômica e permitir que os dados sejam transmitidos de volta à Terra. Os equipamentos poderiam ser integrados à constelação de satélites do programa Moonlight da Agência Espacial Europeia.
O estudo vai custar € 200.000 (R$ 1,2 milhões) e será financiado pela Agência Espacial Italiana, que é hoje uma das principais parceiras do projeto Artemis para exploração lunar.
“A ideia deste projeto nasceu dos esforços globais para desenvolver a economia lunar. Programas de agências espaciais como o Moonlight da ESA ou o Artemis da NASA podem fornecer a infraestrutura de transporte, comunicação e localização para projetos como o RadioLuna”, disse Marcell Tessenyi, CEO e cofundador da Blue Skies Space.

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Planos futuros
Já a NASA pretende lançar ainda neste ano um pequeno radiotelescópio no lado oculto da Lua como parte do experimento LuSEE-Night. A ideia é buscar novos insights sobre a formação e a evolução do nosso Universo em um local sem interferências.
Há também um plano da agência americana para construir um radiotelescópio na Lua usando robôs. A antena usada para captar sinais teria mais de 1 quilômetro de largura em uma cratera com mais de 3 quilômetros de largura.
“Com um radiotelescópio suficientemente grande fora da Terra, poderíamos rastrear os processos que levariam à formação das primeiras estrelas, talvez até encontrar pistas sobre a natureza da matéria escura”, explicou Joseph Lazio, radioastrônomo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
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