Trump anuncia conversa com Putin para discutir divisão territorial na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (17) que terá uma conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prevista para esta terça-feira (18), com foco na situação territorial da Ucrânia. A declaração foi feita durante entrevista concedida a bordo do avião presidencial. “Falaremos sobre territórios. Muitos territórios estão muito diferentes do […] O post Trump anuncia conversa com Putin para discutir divisão territorial na Ucrânia apareceu primeiro em O Cafezinho.

Mar 18, 2025 - 01:50
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Trump anuncia conversa com Putin para discutir divisão territorial na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (17) que terá uma conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prevista para esta terça-feira (18), com foco na situação territorial da Ucrânia. A declaração foi feita durante entrevista concedida a bordo do avião presidencial.

“Falaremos sobre territórios. Muitos territórios estão muito diferentes do que eram antes da guerra. Já discutimos muito sobre isso, por ambos os lados, Ucrânia e Rússia (…) A divisão de certos ativos”, declarou Trump, segundo informações publicadas pelo portal UOL.

A iniciativa ocorre após Moscou apresentar condições para avaliar uma proposta de cessar-fogo temporário. Segundo Trump, o diálogo com o líder russo está vinculado às tratativas em torno de uma trégua de 30 dias, sugerida em conjunto pelos governos dos Estados Unidos e da Ucrânia.

Apesar do anúncio, o Kremlin afirmou que não há previsão de reunião entre os dois chefes de Estado. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, declarou à emissora russa Channel One que não existem planos definidos para um encontro pessoal entre Trump e Putin. “É impossível falar sobre o momento até agora, porque não há indícios”, afirmou Peskov.

A guerra na Ucrânia teve início em fevereiro de 2022, com o lançamento da ofensiva militar russa. Moscou classificou a operação como uma ação para proteger a população de origem russa que, segundo o governo russo, estaria sendo alvo de genocídio pelo governo de Kiev. As autoridades russas também indicaram como objetivo da intervenção a remoção de forças armadas e grupos identificados como neonazistas no território ucraniano.

O governo da Ucrânia nega qualquer vínculo com movimentos de ideologia nazista. Kiev sustenta que a ofensiva russa representa uma guerra de agressão e um esforço de expansão territorial por parte da Rússia. A administração ucraniana afirma que a integridade territorial do país está sendo violada por meio da ocupação militar estrangeira.

Em outubro de 2022, a Rússia formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas por suas forças. A medida foi criticada por diversos países e não é reconhecida por organismos internacionais. Em resposta à ofensiva russa, países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) passaram a fornecer apoio militar e financeiro ao governo da Ucrânia.

Além da assistência internacional recebida por Kiev, o conflito passou a contar com o envolvimento indireto de outros países. Irã e Coreia do Norte prestaram apoio de diferentes formas às forças russas, segundo informações de agências de inteligência e relatórios oficiais de governos ocidentais.

Em agosto de 2024, a Ucrânia realizou uma incursão em território russo, dando início a uma ocupação limitada em áreas fronteiriças. A operação foi interpretada por analistas como uma tentativa de alterar o equilíbrio territorial em meio às negociações diplomáticas em curso.

As ações militares em ambos os lados provocaram a intensificação dos esforços internacionais para alcançar uma solução negociada. Em maio de 2024, o governo brasileiro, em parceria com a China, apresentou uma proposta de diálogo com o objetivo de viabilizar uma resolução diplomática para o conflito. A iniciativa foi oficialmente encaminhada aos governos envolvidos no confronto e às principais potências globais.

A proposta sino-brasileira prevê uma série de etapas para a construção de um cessar-fogo permanente, seguida de negociações sobre a situação territorial e segurança regional. A iniciativa foi recebida com cautela por parte dos países ocidentais e ainda está sob análise nos fóruns internacionais.

A possibilidade de que Estados Unidos e Rússia retomem conversas bilaterais diretas é vista por setores diplomáticos como um indicativo de mudança na condução do processo. No entanto, não há confirmação sobre o escopo da conversa prevista entre Trump e Putin, tampouco sobre a eventual participação da Ucrânia ou de outros países nos diálogos propostos.

Até o momento, os avanços diplomáticos permanecem limitados, enquanto os combates continuam em diversas regiões do território ucraniano. As linhas de frente registram movimentações militares diárias, com relatos de ataques aéreos e confrontos terrestres em pontos estratégicos.

A guerra já provocou milhares de mortes e deslocamentos populacionais em larga escala. Organismos internacionais apontam impactos humanitários prolongados, além de consequências econômicas para países direta e indiretamente envolvidos no conflito.

O anúncio da conversa entre os presidentes de Estados Unidos e Rússia acontece em um cenário de incerteza sobre os próximos desdobramentos no campo político e militar. A expectativa em torno da possibilidade de um cessar-fogo ou de novas negociações deve marcar os próximos dias, enquanto os governos avaliam as condições para eventuais acordos.

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