Transmissão multiplataforma do Brasileirão pode ser tendência em liga unificada

A temporada 2025 já representa um divisor de águas no perfil dos acordos de direitos de transmissão no Brasil. Isso porque, de forma inédita, as duas principais divisões do futebol nacional ativam entregas multiplataformas de seus jogos.

Apesar da novidade causar certa estranheza nos torcedores, as transmissões fragmentadas vêm ampliando o público e beneficiando financeiramente os clubes envolvidos. 

Como parte desse movimento, recentemente, a Libra (Liga Brasileira de Futebol) e a LFU (Liga Forte União) fecharam em conjunto a venda de direitos de transmissão da Série B. O negócio busca fortalecer a visibilidade do torneio e atrair novas audiências.

“A Série B é uma competição extremamente atraente para os grupos de mídia e a prova disso são os números de audiência que atingimos nas primeiras rodadas”, declarou a assessoria da Liga Forte União.

Pela primeira vez desde 1997, a competição deixou de ser exibida pelo Grupo Globo, que não chegou a um acordo financeiro com as agremiações. A outra novidade nas transmissões da Série B é que a Disney+ passou a transmitir todos os jogos do torneio.

Além disso, RedeTV!, Kwai e Desimpedidos exibem partidas gratuitamente, permitindo que o público veja partidas da divisão de acesso do Brasileirão sem precisar de assinatura e ativando novos públicos.

Na Segunda Divisão, a LFU conta com 16 times: Amazonas, América-MG, Athletic-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, Cuiabá, Goiás, Novorizontino, Operário-PR e Vila Nova. Já Remo, Paysandu, Ferroviária e Volta Redonda integram a Libra.

“O exercício é fazer uma cobertura ampla para atrair mais fãs para a série B. Esse ano, temos times importantes, muita competitividade e também alguns dos principais clássicos regionais do país. A Série B entrega tudo que o fã do esporte busca. Além disso, o mercado de consumo entre os jovens já não é o mesmo e esse é um passo definitivo para nós”, completou.

O acordo estabelecido para a Série B, envolvendo múltiplos players, representa um marco para a colaboração, servindo como tendência até mesmo para a liga unificada, que será implementada nos próximos anos. Questionada sobre a possibilidade, a assessoria do bloco respondeu sem desvios.

“Acredito que sim. É uma tendência em todo o mundo e não deverá ser diferente no Brasil”, finalizou.

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