Temu muda de estratégia para contornar fim de isenção fiscal e manter preços baixos

A Temu, plataforma chinesa conhecida pelos preços baixos, está a reformular a estratégia global, com foco na criação de uma cadeia de valor nos Estados Unidos. A medida surge como resposta ao fim da isenção fiscal de “minimis”, que permitia a entrada de produtos de baixo valor no país sem pagamento de impostos.

Com o encerramento definitivo desta lacuna legal, a Temu teve de adaptar-se, começando por aplicar uma sobretaxa automática no checkout, refletindo o aumento dos custos para os consumidores. A Shein, principal concorrente, segue uma estratégia semelhante, revendo preços.

Para proteger o modelo de negócio — fortemente suportado pelos preços acessíveis —, a Temu procura agora parceiros de produção dentro dos Estados Unidos. O objetivo é evitar os pesados encargos sobre produtos chineses, que atualmente podem ultrapassar os 100% devido à escalada das tensões comerciais entre os dois países.

“Esta medida foi criada para ajudar os comerciantes locais a alcançar mais clientes e expandir seus negócios”, refere a empresa em comunicado.