Tarifas de Trump podem atrair investidores asiáticos para megaprojeto de gasoduto no Alasca
Este gasoduto deve ter 1.287 quilómetros e um custo previsto de 40 mil milhões de dólares (45,4 mil milhões de euros). Japão, Coreia do Sul e Taiwan podem investir no projeto que deve exportar gás para a Ásia. A Índia e a Tailândia já mostraram interesse em investir no projeto intitulado Alaska GNL.


As tarifas da administração norte-americana, presidida por Donald Trump, podem levar investidores asiáticos como o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan a investir no megaprojeto de gasoduto no Alasca, avança esta segunda-feira a CNBC. A expetativa destes países, caso invistam no projeto, passa por evitar tarifas da administração norte-americana. A estes países pode ainda juntar-se a Índia e a Tailândia.
Este gasoduto deve ter 1.287 quilómetros e um custo previsto de 40 mil milhões de dólares (45,4 mil milhões de euros). A infraestrutura deve também transportar gás para a Ásia.
O projeto é intitulado Alaska LNG.
O responsável pela liderança do projeto, o CEO e fundador do Glenfarne Group, Brendan Duval, já tinha salientado, em março, que a empresa de gás e petróleo de Taiwan, a CPC Corp, assinou uma carta de intenções para a aquisição de seis milhões de toneladas métricas de gás do Alaska GNL.
No projeto pode ainda entrar a Índia, admitiu Brendan Duval, que acrescentou que a Tailândia e outros países asiáticos, embora não tenha identificado quais, também mostraram interesse em se juntar ao projeto.
Nesta altura já estão a ser ultimadas as licenças para a construção do Alaska LNG, referiu o responsável pelo projeto, e a expectativa é que existia uma decisão final sobre o investimento na primeira fase deste projeto nos próximos seis a 12 meses. Trata-se do gasoduto que vai do chamado ‘North Slope’ para Anchorage e que tem como propósito o consumo doméstico de gás no Alasca. A construção da fábrica de gás natural liquefeito (GNL ou LNG em inglês) deve começar em finais de 2026. A construção de todo o projeto deve demorar cerca de quatro anos e meio e a operação comercial deve começar em 2031.
O gasoduto deve produzir 20 mil milhões de toneladas métricas de GNL, o equivalente a cerca de 23% das 87 milhões de toneladas de GNL que os Estados Unidos exportaram o ano passado, salienta a CNBC.