Spotify vai ficar mais caro na América Latina em junho, diz jornal
Prepare o bolso: o valor do plano individual do Spotify pode custar R$ 30 a partir de junho. The post Spotify vai ficar mais caro na América Latina em junho, diz jornal appeared first on Giz Brasil.

O Spotify vai aumentar o preço das assinaturas em diversos países da América Latina e da Europa, de acordo com informações do Financial Times.
A matéria do jornal estadunidense, publicada nesta sexta-feira (25), ouviu fontes próximas ao assunto que afirmaram que a decisão do Spotify reflete uma mudança para ampliar os lucros. Conforme as ações do Spotify continuam a subir, o gigante de streaming de músicas decidiu aumentar o preço do plano individual em R$ 6,50 na América Latina e na Europa.
Com isso, a assinatura do Spotify pode custar quase R$ 30 a partir do início de junho.
No entanto, o Spotify não vai ficar mais caro nos EUA, seu principal mercado, cuja assinatura mensal de US$ 11,99, ou R$ 70, não sofreu alterações desde 2024.
O Spotify já ficou mais caro em países como Holanda e Luxemburgo. Segundo o FT, a empresa se recusou a comentar sobre a decisão.
Contudo, o ajuste no valor da assinatura é consequência da crescente pressão da indústria musical para se alinhar com a inflação e também corresponder ao modelo de preços de streamings de vídeo. Quando o Spotify chegou aos EUA, em 2011, o preço da assinatura individual era de US$ 9,99. Agora, 14 anos depois, o valor de US$ 11,99 é relativamente modesto, frustrando grandes gravadoras, como a Universal, que buscam mais receita das plataformas.
Por outro lado, no Brasil, quando o serviço surgiu em 2014, o preço do plano individual era de R$ 14,90 por mês. Em 2016, houve o primeiro reajuste. A assinatura do plano individual passou a custar R$ 16,90.
Esse valor subiu para R$ 19,90 em abril de 2021. Dois anos depois, o Spotify ficou ainda mais caro, com o valor atual de R$ 21,90. À época, o Spotify ficou mais caro no Brasil e em países da América Latina, Europa e Ásia.
Ao contrário deste ano, a intenção era aumentar os lucros. Agora, o Spotify pretende dominar a indústria musical conforme o crescimento da indústria desacelera.
Spotify mais caro: Streaming 2.0 e playlists com IA são o motivo
O Spotify mais caro neste ano é o começo do “Streaming 2.0”, a próxima fase da distribuição fonográfica, com a introdução de planos super-premium.
Aliás, quem inventou o conceito de “Streaming 2.0” foi Lucian Grainge, CEO da Universal Music, que luta para aumentar o valor de mercado da indústria. Para o executivo, preços mais caros em streamings significam maiores ganhos e oportunidades de crescimento.
Vale lembrar que, na quinta-feira (24), o Spotify lançou o recurso de criar playlists com IA em mais de 40 países. A ferramenta, atualmente em fase beta nas versões do app para Android e iOS, chegou em países da Ásia, África, Europa e América Latina. No entanto, o Brasil não está na lista, ao contrário de mercados menores como Curaçao, Guiana, Bahamas e Belize.
Aliás, a Guiana é o único país da América do Sul a receber o recurso. O restante são países caribenhos. Com isso, existe uma chance de que o Spotify não fique mais caro no Brasil. Veja mais sobre o recurso:
Mesmo assim, a decisão de aumentar o preço da assinatura pode ser um tiro no pé do Spotify. Curiosamente, a intenção é seguir o modelo dos streamings de vídeo, cujos aumentos nos preços desencadearam a ressurgência da pirataria.
Portanto, 15 anos após resolver o maior problema da indústria musical, o Spotify pode ser o responsável por trazê-lo de volta.
E o pior: o desempenho financeiro do Spotify de 2024 foi o melhor da história, ao contrário de streamings como o Disney+ — que sofreu um prejuízo de mais de US$ 11 bilhões desde seu lançamento.
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