Skype: relembre a história e curiosidades do programa
Serviço de videochamadas da Microsoft será descontinuado em maio. Programa teve alguns momentos marcantes e apostou em novas tecnologias. Skype: relembre a história e curiosidades do programa


Resumo
- O Skype será descontinuado em 5 de maio de 2025, após quase 22 anos de operação.
- Criado na Estônia, o Skype quebrou a hegemonia de softwares americanos em 2003 ao introduzir videochamadas em grupo e ligações para telefones fixos, superando o MSN.
- Ao longo de sua trajetória, o Skype teve momentos marcantes, mas também apostou em escolhas que não deram certo.
A Microsoft confirmou na semana passada que o Skype será encerrado, com a data do seu fim marcada para 5 de maio. Lançado em agosto de 2003, o programa de videochamadas ficará inativo após quase 22 anos de operação. Usuários do serviço terão que migrar para o Teams ou outro serviço similar.
Nesses anos de vida, o software teve momentos marcantes e algumas curiosidades.
Veja a seguir alguns fatos sobre o Skype
Foi criado na Estônia
Em 2003, a internet era dominada por Google, Microsoft e Yahoo, todas empresas americanas. Criado na Estônia, um país que nos anos 1990 já mirava na digitalização do governo, o Skype foi um dos softwares (aplicativo é o termo Gen Z) fora dos Estados Unidos que conseguiu quebrar parte da hegemonia de programas americanos.
Nessa lista, podemos botar o MIRC (criado por um inglês), o também estoniano Kazaa, o israelense ICQ e os alemães WinRar, OpenOffice, eMule e Tibia.
Pelo menos para este autor, que tinha 9 anos quando o Skype foi lançado, descobrir que o aplicativo era de um país que nunca tinha ouvido falar foi uma enorme surpresa. Hoje o mundo é mais globalizado e temos mais diversidade nas origens dos aplicativos — ainda que as big techs dominem a internet e contratem diversos devs estrangeiros.
Deezer é francês, Spotify é sueco, Telegram é russo com sede nos Emirados Árabes Unidos, você pode usar uma IA generativa chinesa, e Ucrânia e Polônia desenvolvem franquias de jogos bem populares.
Sucessor do MSN

Em 2013, a Microsoft matou o MSN e tornou o Skype o seu sucessor. Essa mudança já era especulada desde a aquisição do programa estoniano em 2011 pela big tech. Ainda que o MSN bata na minha nostalgia, a verdade é que a escolha do substituto foi certeira.
O Skype era melhor que o MSN: ele permitia chamadas em vídeo em grupo, ligações para telefones fixos e tinha app para celulares — algo que faltava no programa descontinuado. Antes dos aplicativos de watch party se popularizarem, o Skype podia ser usado por amigos para acompanhar algum evento esportivo, cada um em sua casa (um abraço para os amigos do saudoso MMA Brasil).
Queria suportar tecnologia 3D nas videochamadas

Em 2013, quando completou 10 anos, o vice-presidente do Skype, Mark Gillet, divulgou que a empresa tinha o plano de suportar videochamadas em 3D. Na entrevista dada à BBC, Gillet explicou que a empresa já testava a tecnologia e estava gostando dos resultados.
Porém, como bem destacou Emerson Alecrim na notícia sobre o tema, a maior dificuldade da tecnologia era o interesse do público. A moda do 3D já estava em queda em 2013. As TVs 3D, além de caras, não eram tão boas. LG e Sony, as últimas a fabricar modelos do tipo, encerraram a linha 3D em 2017.
Teve stories

A onda das empresas (principalmente a Meta) de lançar stories também pegou o Skype. Mas os Destaques, nome do recurso, não durou muito. O serviço desistiu da ideia que estreou no app mobile pouco mais de um ano depois do seu lançamento. Ao comunicar o fim dos Destaques, o Skype destacou que focaria no seu principal produto: videochamadas.
Contou com versão web

O Skype também poderia ser acessado pelos navegadores. Você ainda pode usar o serviço acessando o link web.skype.com, afinal, o fim do serviço será apenas em 5 de maio. A versão para navegador segue o modelo adotado por serviços como Telegram e WhatsApp.
A opção de acessar o Skype pelo navegador é útil para quem não gosta de baixar aplicativos no PC. Seja por questão de espaço ou apenas por não querer um app que tente ser carregado em segundo plano ao ligar o computador.