Sindicato dos pilotos diz existirem “falhas graves” na operação da Azores Airlines

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) divulgou esta quinta-feira um comunicado onde afirma existirem “falhas graves e recorrentes na operação da SATA Azores Airlines”, considerando que têm “impacto direto na segurança operacional, no desperdício de recursos públicos e na confiança dos trabalhadores e passageiros”. A estrutura sindical aponta como exemplos dessas falhas a […]

Abr 24, 2025 - 16:43
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Sindicato dos pilotos diz existirem “falhas graves” na operação da Azores Airlines

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) divulgou esta quinta-feira um comunicado onde afirma existirem “falhas graves e recorrentes na operação da SATA Azores Airlines”, considerando que têm “impacto direto na segurança operacional, no desperdício de recursos públicos e na confiança dos trabalhadores e passageiros”.

A estrutura sindical aponta como exemplos dessas falhas a “desorganização no planeamento de tripulações, a gestão deficiente de slots e a crescente dependência de aeronaves e tripulações ACMI [em regime de aluguer externo à companhia]”.

Refere também a “ausência de capacidade técnica e logística adequada para a realização de ações de manutenção, em tempo útil, às aeronaves”, no aeroporto de Ponta Delgada, a principal infraestrutura das ilhas.

O SPAC critica ainda “a nomeação para cargos de chefia e outras funções técnicas, nas Operações de Voo e Direção de Treino e Formação, sem critérios objetivos e transparentes”, que dão lugar “a perceções de favorecimento e nepotismo que minam a confiança na liderança interna”.

O sindicato dos pilotos afirma que estes alertas têm sido “exaustivamente repetidos ao longo dos últimos 9 meses” junto da administração da Azores Airlines, que faz os voos internacionais e entre o continente e as ilhas. O ECO questionou a SATA sobre as acusações do SPAC e aguarda uma resposta.

O processo de privatização da Azores Airlines continua a decorrer, tendo sido ‘ressuscitado’ em março com a entrada de Carlos Tavares, antigo CEO do grupo Stellantis, e do empresário Paulo Pereira da Silva no único agrupamento selecionado pelo júri, o Newtour/MS Aviation, embora com reservas. O preço oferecido foi também revisto em alta para 15,2 milhões.

“Num momento em que decorre o processo de privatização da Azores Airlines, o Sindicato espera, também, que o Governo Regional dos Açores, verifique e valide, como anunciou, as idoneidades técnica, financeira e laboral do consórcio Newtour/MS Aviation”, afirma o SPAC no comunicado.

A ausência, até ao momento, da publicação das contas consolidadas de 2024 apenas adensa as dúvidas sobre a real situação financeira da empresa e fragiliza a transparência do processo, com consequências imprevisíveis e indesejáveis”, acrescenta.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h12)