Sidônio reconhece falhas de comunicação e baixa popularidade de Lula

Ministro disse considerar que as críticas sobre a estratégia de comunicação do governo são “antiquadas”

Abr 17, 2025 - 17:37
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Sidônio reconhece falhas de comunicação e baixa popularidade de Lula

O ministro Sidônio Palmeira, responsável pela Secom (Secretaria de Comunicação) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reconheceu a queda na popularidade do presidente e afirmou que tem múltiplas causas. Contudo, para ele, ainda há tempo e margem para reverter o cenário.

Em entrevista ao jornal O Globo, Sidônio afirmou que duas questões estruturais explicam parte da perda de apoio: o avanço da “extrema-direita” nas redes sociais, com a proliferação de discursos de ódio e fake news, e a ausência de uma narrativa clara sobre a situação do país quando Lula reassumiu o poder.

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“Faltou mostrar como o Brasil estava. Se o copo está pela metade, mas ninguém diz que ele estava vazio, a percepção será de escassez”, disse.

O marqueteiro também declarou que “fatores pontuais” impactaram negativamente a imagem do governo desde dezembro de 2024, como a alta do dólar, o aumento da inflação de alimentos e a desinformação sobre a suposta taxação do Pix.

 “A mentira ocupou espaço antes da verdade. Faltou comunicação adequada”, reconheceu.

POPULARIDADE DEVE AUMENTAR, DIZ MINISTRO

Apesar do cenário desfavorável, Sidônio afirmou acreditar que o cenário de impopularidade será revertido. Segundo ele, o governo tem “entregas concretas que ainda não foram percebidas pela população”. Ele cita a volta do Brasil ao posto de 10ª economia mundial, a retirada de 24 milhões de pessoas da fome, a ampliação do Mais Médicos, a retomada do Minha Casa Minha Vida e a criação do programa Pé-de-Meia, voltado a jovens de baixa renda.

“Ainda falta a informação de tudo isso chegar na ponta para a percepção das pessoas mudar”, disse.

Sobre críticas à estratégia de comunicação do governo, o ministro disse considerar antiquada por analistas do setor. “Só porque existe a internet, vou abandonar rádio e TV? Cada meio tem seu papel. Estamos usando todos”, afirmou.

Segundo o ministro, a estratégia tem sido uma comunicação “baseada na verdade”, mas mais eficiente, para que a população tome conhecimento do que está sendo feito. “Não se governa guiado por popularidade, mas é obrigação de todos os ministros garantir que a população esteja bem informada”, disse.