Siderurgia Nacional quer Governo a implementar já medidas aprovadas

“A situação política atual não pode atrasar a aplicação destas medidas", defendeu hoje a empresa dona da Siderurgia Nacional, alertando que quando vier um novo Governo já será tarde.

Mar 21, 2025 - 18:50
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Siderurgia Nacional quer Governo a implementar já medidas aprovadas
A Megasa-Siderurgia Nacional veio hoje a público exigir que o Governo implemente as medidas já aprovadas para as empresas eletrointensivas, isto é, as grandes consumidores de eletricidade.
“O Executivo tem de avançar já com medidas pendentes para eletrointensivas. O setor eletrointensivo nacional está estrangulado pelo escalar dos preços da energia e necessita da aplicação urgente das medidas já anunciadas pelo Executivo. A Megasa-Siderurgia Nacional junta-se assim ao apelo deixado pelo Presidente da República, que recordou que o país não pode travar decisões essenciais devido à realização de eleições legislativas”, disse hoje a empresa em comunicado.
A companhia defende que o Governo deve executar as seguintes medidas:
  1. “Estatuto Eletrointensivo. O Governo português deve garantir a aprovação formal de Bruxelas e a sua imediata aplicação.
  2. Autorização orçamental para aumentar a compensação dos custos indiretos do CO2. Esta autorização deve ser já requerida a Bruxelas e garantir um orçamento reforçado já em 2025.
  3. Eliminação do custo com a tarifa social para consumidores eletrointensivos. Esta medida já foi acolhida pelo governo, mas ainda não foi executada”.

O administrador da empresa Alvaro Alvarez defendeu que “a situação política atual não pode atrasar a aplicação destas medidas no curto prazo. Um novo executivo já não chegará a tempo de as implementar. Ora, sendo estas medidas transversais e amplamente aceites pelos principais partidos, incitamos o atual executivo a avançar de empresas imediato com elas. O setor produtivo nacional não pode esperar mais”.

A maior companhia eletrointensiva em Portugal considera que estas medidas “são essenciais para evitar reduzir a produção da  Megasa e perder competitividade relativamente ao exterior. Neste momento, a Megasa encontra-se em desvantagem face às suas concorrentes europeias que, em alguns países, já beneficiam do estatuto de eletrointensivas e de medidas de apoio muito mais ambiciosas do que as existentes em Portugal, garantindo desta forma uma maior competitividade da indústria”.

A Megasa emprega 700 trabalhadores e exporta mil milhões de euros em produtos por ano.