Ser bilíngue pode atrasar a demência? A ciência explica
O impacto de ser bilíngue na saúde cerebral tem sido amplamente estudado, e pesquisas sugerem que falar dois ou mais idiomas pode retardar o aparecimento da demência. A capacidade de alternar entre línguas exige um esforço cognitivo significativo, o que fortalece o cérebro e melhora a resiliência contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Mas por […]

O impacto de ser bilíngue na saúde cerebral tem sido amplamente estudado, e pesquisas sugerem que falar dois ou mais idiomas pode retardar o aparecimento da demência. A capacidade de alternar entre línguas exige um esforço cognitivo significativo, o que fortalece o cérebro e melhora a resiliência contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Mas por que isso acontece?
Como o bilinguismo fortalece o cérebro
Falar mais de um idioma exige um alto nível de controle cognitivo. O cérebro precisa constantemente inibir um idioma enquanto ativa outro, o que melhora funções como memória, atenção e flexibilidade cognitiva. Esse esforço contínuo cria o que os cientistas chamam de reserva cognitiva, um mecanismo que protege o cérebro contra o envelhecimento e doenças degenerativas.
Estudos indicam que pessoas bilíngues apresentam um início tardio dos sintomas da demência, muitas vezes em média 4 a 5 anos mais tarde do que aquelas que falam apenas um idioma. Isso significa que, mesmo quando há sinais da doença no cérebro, os bilíngues conseguem compensar melhor os danos, mantendo a funcionalidade cognitiva por mais tempo.
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Evidências científicas sobre o bilinguismo e a demência
Diversas pesquisas já mostraram que ser bilíngue pode atrasar o declínio cognitivo. Um estudo publicado na Neurology analisou 648 pessoas com demência e concluiu que aqueles que falavam dois ou mais idiomas apresentaram os primeiros sintomas cerca de quatro anos e meio mais tarde do que os monolíngues.
Outro estudo, realizado na Universidade de Edimburgo, descobriu que o bilinguismo melhora a função executiva do cérebro, mesmo quando aprendido na idade adulta. Isso significa que não é necessário ser bilíngue desde a infância para obter os benefícios; aprender um novo idioma em qualquer fase da vida pode contribuir para a saúde cerebral.